terça-feira, 30 de julho de 2013

A IMPORTÂNCIA DO CAVALO ROMANO NA CONQUISTA DO ESPAÇO

 
A distância (a bitola) entre os carris das linhas de caminho-de-ferro americano é de 4 pés e 8,5 polegadas (1,4351 m). Este número é bastante estranho... Porque é que foi utilizada essa medida? Simplesmente porque essa era a medida usada nos caminhos-de-ferro ingleses e os caminhos-de-ferro americanos foram construídos por emigrantes ingleses. E porque é que os ingleses usaram essa medida? Porque as primeiras linhas de caminhos-de-ferro foram construídas pelas mesmas pessoas que construíram os primeiros vagões e essa era a medida que eles usavam. E porque é que eles a usavam, então? Isso aconteceu porque as pessoas que construíram os vagões usaram as mesmas ferramentas e peças que usavam para construir as carroças, e as carroças tinham aquele espaço entre as rodas de cada eixo. Então porque é que as carroças usavam aquela estranha medida entre rodas? Porque se tentassem usar outra medida as carroças partir-se-iam quando viajassem longas distâncias nas estradas de então, porque aquela medida era a mesma dos sulcos das rodas existentes nas estradas antigas. E quem construiu essas estradas?
As primeiras estradas construídas na Europa cobrindo longas distâncias foram construídas pelo Império Romano, para uso das suas legiões. Essas estradas foram usadas desde então. E os sulcos? Os sulcos iniciais, que toda a gente tinha de usar ou correr o risco de destruir as suas carroças, foram feitos pelas primeiras quadrigas de guerra romanas. Como essas quadrigas eram feitas para uso do Império Romano, elas eram todas iguais em termos de distância entre as rodas porque aquela distância era a necessária para acomodar dois cavalos romanos de guerra lado a lado.
Assim, aqui temos a resposta à questão original: o espaço entre os carris dos caminhos-de-ferro americanos deriva da especificação inicial para uma quadriga do Império Romano.
 Mais, há um epílogo interessante para esta história. Quando víamos um Space Shuttle na plataforma de lançamento, havia dois foguetes enormes ligados a cada um dos lados do tanque principal de combustível. Eram os foguetes propulsores.
Estes eram feitos pela Thiokol numa fábrica do Utah. Os engenheiros que desenharam os foguetes preferiam tê-los feito um pouco mais largos, mas os foguetes tinham de ser expedidos por comboio desde a fábrica até ao local de lançamento. A linha de caminho-de-ferro que liga a fábrica ao Cabo Canaveral passa através de um túnel nas montanhas. Os foguetes tinham de caber nesse túnel. O túnel é ligeiramente mais largo do que a distância entre os carris, e a distância entre os carris tem aproximadamente a largura... dos rabos de dois cavalos.
Assim, a especificação de um componente de um dos sistemas de transporte mais avançado do mundo (o Space Shuttle) foi determinada pela largura... do rabo de um cavalo romano.

sábado, 27 de julho de 2013

MAMAMARATONA 2013

A Associação Oncológica do Algarve informa:
Já está assinalada a data e o local para a concretização do maior evento de Solidariedade Social a nível do Algarve. Esteja presente e participe inscrevendo-se na Marcha/Corrida, às 10.00H, em Portimão, dia 13 de Outubro, na Antiga Lota da Zona Ribeirinha de Portimão, com Partida pelas 10H00.
A iniciativa terá a parceria do Município de Portimão e da Associação de Atletismo do Algarve (A.A.A), acumulando com o evento "2ªMeia Mamamaratona", com o percurso de 21,075 Km).
A sua inscrição reverte para a “Casa Flor das Dunas”.

(É a primeira data conhecida do calendário para o ano 2013/2014. Assim que soubermos qual a data e o local do início das marchas aqui estaremos para anunciar. Continue, a passar por aqui.)

terça-feira, 23 de julho de 2013

sábado, 20 de julho de 2013

O TELEGRAMA


A sogra, a D. Maria,chega à casa do genro e da filha e encontra-o de saída com as malas na mão, furioso.
-O que aconteceu, ó Manel?
-O que aconteceu? Pois aconteceu o seguinte, minha sogra: fui viajar e mandei um telegrama para a Isabel avisando que voltaria hoje. Chego a casa e o que encontro? Ela com um sujeito. Os dois nus na nossa cama. Acabou-se, estou a ir embora para sempre.
-Calma - pede D. Maria - deve haver algo errado nessa história, a Isabel jamais faria uma palermice dessas. Espera um pouco que vou verificar o que se passou.
Momentos depois, D. Maria volta sorridente:
-Não disse que havia um equívoco, meu filho? A Isabel não recebeu o teu telegrama.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

CURIOSIDADE


Os mais novos não entendem e até duvidam, todavia, é (foi) um facto indesmentível.  

A velha nota de 100$00
Lembram-se da velhinha nota de 100$00?
Então recordemos o que se podia fazer com ela há 40 Anos:
Comíamos um frango de churrasco na Guia……………………      20$00
Víamos uma matinée no cinema.................................…………...      10$00
Bebíamos 2 cervejolas numa qualquer tasca....…………………        3$00
Comíamos 2 sandes de presunto…………………………………        6$00
Jantávamos uma valente sardinhada no Américo………………     17$50
Assistíamos a uma peça de teatro em Faro………………………     16$00
Telefonema para avisar que íamos chegar tarde a casa………...       1$00
Dormiamos numa pensão com pequeno-almoço incluído……….      5$00
Valor do táxi para regressar a casa………………………………     11$50
Sobrava ainda ……………………………………………………..     10$00
TOTAL                                                                                                 100$00
Hoje ... 100$00 são € 0,50 e dá para uma simpática, mas pequena, gorjeta.
Os tempos são outros, diferentes realidades, e o valor do dinheiro também ...

segunda-feira, 15 de julho de 2013

GALERIA DOS NOTÁVEIS FIGURÕES

Aníbal Silva, um dos mais idosos marchantes do pelotão. Uma força de fazer inveja aos mais novos.

sábado, 13 de julho de 2013

A VELA


A beata e piedosa Ondina ia pela rua quando se cruzou com o sacerdote.
O padre disse-lhe:
-Bom dia. Por acaso você não é a Ondina, que eu  casei já há dois anos na minha antiga diocese?
Ela respondeu:
-Sim Padre, sou eu mesma.
-Mas não me lembro de ter batizado um filho seu. Não teve nenhum?
-Não Padre, ainda não. Ainda não recebemos essa benção de Deus.
-Bem, na próxima semana eu viajo para Roma. Por isso se você quiser, acendo lá uma vela por você e seu marido, para que recebam a benção de poder ter filhos.
-Oh Padre, muito obrigada, ficamos ambos muito gratos, pois queremos muito ter filhos.
Alguns anos mais tarde, Ondina e o sacerdote encontram-se novamente.
O sacerdote já ancião perguntou:
-Bom dia Ondina. Como está agora? Já teve filhos?
-Sim Padre, três pares de gémeos e mais quatro. Dez filhos no total.
-Bendito seja o Senhor. Que maravilha. E onde está o seu marido?
-A caminho de Roma, para ver se apaga a porra da vela!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

DEIXE A CRIANÇA CONTAR TUDO ATÉ AO FIM

O Joãozinho achou tão excitante o que tinha visto, que não se conteve e correu para casa contar à mãe.
 - Mãe! Mãe! Eu estava no pátio da escola, quando vi o carro do pai ir para o bosque com a tia Lídia. Fui atrás para ver. O pai estava a dar um grande beijo na tia Lídia. Depois ele ajudou-a a tirar uma blusa, depois a tia Lídia ajudou o pai a tirar as calças e depois a tia Lídia ...
 Nesse ponto, a Mãe interrompeu-o e disse:
 - Joãozinho, essa é uma história tão interessante, que vais guardá-la para contar à hora do jantar! ... Quero ver a cara do pai, quando lhe contares tudo isso à noite.
 Ao jantar, a mãe pediu ao Joãozinho para contar a história.
 - Eu estava a brincar não pátio da escola quando vi o carro do pai ir para o bosque com a tia Lídia. Corri para ver. Ele estava a dar um grande beijo à tia Lídia. Ajudou-a a tirar a blusa e a tia Lídia ajudou o pai a tirar as calças e, depois, a tia Lídia e o pai começaram a fazer as mesmas coisas que a mãe e o tio Jacinto faziam, quando o Pai estava na tropa.
 A Mãe desmaiou.

domingo, 7 de julho de 2013

GERAÇÃO À RASCA POR MIA COUTO

Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida. Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações. A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo. Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor. Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada. Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desempego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.
Foi então que os pais ficaram à rasca. Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado. Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados. Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional. Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere. Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam. Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras. Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável. Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.
Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração? Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos! Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós). Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.
E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas – ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!
Novos e velhos, todos estamos à rasca. Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens. Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles. A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la. Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço? Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta. Pode ser que nada/ninguém seja assim.
(Mia Couto é um biólogo e escritor moçambicano recente vencedor do Prémio Camões que recebeu no dia 10 de Junho).

quinta-feira, 4 de julho de 2013

VERÃO DESPORTIVO EM ALBUFEIRA


E em Albufeira também se caminha. E a primeira é já amanhã. Vejam o programa:
(Premir em cima para ver melhor)

CAMINHADAS AO LUAR

À semelhança dos anos anteriores aí estão elas, as Caminhadas ao Luar, organização da Câmara Municipal de Lagoa. Aqui fica o programa:
 
Câmara Municipal de Lagoa
Secretaria dos Serviços Desporto e Juventude
 tlf. 282 380 437 | Fax: 282 380 444  |

POR ONDE ANDÁMOS


quarta-feira, 3 de julho de 2013

O DESCAPOTÁVEL

O alentejano  mais pobre da aldeia só tinha uma bicicleta, mas um dia aparece no Café Central  com um descapotável. Admirados, perguntam os conterrâneos:
-Atão  cumpadri, onde arranjou esse carrinho?
-Nem calculam! Na estrada vi uma moça, por acaso bem jeitosa, a chorar e perguntê: “o que é que se passa?” Atão ela disse-me “veja lá, um carrinho tão novo e já  avariado”.
Atão, abri o motor, liguê dois fios e pronto. O carro estava  arranjado. Atão ela puxou-me para trás dum chaparro, despiu-se toda e  disse-me “para pagar o trabalho que o senhor teve, faça o que quiser”.  E eu fiz o que quis, meti-me no carro e abalê com  ele.
Em coro,  respondem os outros:
-E vossemecê fez muito bem. De certeza que a roupa  também nã lhe servia
...”