sexta-feira, 12 de outubro de 2012

HISTÓRIA ÁRABE

SABEDORIA versus ERUDIÇÃO
Um homem morreu. Possuía 17 camelos e 3 filhos.
Quando o seu testamento foi aberto, dizia que metade dos camelos seria do filho mais velho, um terço seria do segundo e um nono do terceiro.
O que fazer?
Eram dezassete camelos e metade seria dada ao filho mais velho.
Então um dos animais deveria ser cortado ao meio?
Isso não iria resolver, porque um terço dos camelos deveria ser dado ao segundo filho. E a nona parte do terceiro filho? Tais divisões implicavam a morte de camelos o que não era lógico.
É claro que os filhos correram em busca do homem mais erudito da cidade, o estudioso, o matemático.
Ele raciocinou muito e não conseguiu encontrar a solução - matemática é uma ciência exacta mas lida com números e não com divisões de seres vivos em partes.
Alguém sugeriu: "É melhor procurarem alguém que saiba muito de camelos e nada de matemática".
Foram então ao Sheik da cidade, um homem bastante idoso, inculto, porém sábio devido a muitos de vida e experiência.
Contaram-lhe o problema.
O velho riu e disse:
"É muito simples, não se preocupem".
Emprestou um dos seus camelos - eram agora 18 - e depois fez a divisão.
Nove foram dados ao primeiro filho, que ficou satisfeito.
Ao segundo coube a terça parte - seis camelos.
E ao terceiro filho, foram dados dois camelos - a nona parte.
Sobrou um camelo: o que foi emprestado.
O velho então, recebeu o seu camelo de volta e disse: "Agora podem ir".

Essa história foi contada no livro "Palavras de fogo", de Rajneesh.
Serve para ilustrar a diferença entre a sabedoria e a erudição. Ele conclui dizendo:
"A sabedoria é prática, o que não acontece com a erudição.
A cultura é abstrata, a sabedoria é terrena; a erudição são palavras e a sabedoria é experiência".

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