quinta-feira, 15 de novembro de 2012

SORTE MALVADA


Fui a uma festa de despedida de solteiro, do meu amigo Amadeu, a um bar na cidade vizinha de Olhão.
Estavam lá os amigos todos. Muita cerveja, uísque, vinho. A noite prometia. Muitas garinas. Pessoal animado.
Saí de lá nem sei que horas eram. Bêbado que nem um cacho.
Indo pela 125, avistei ao longe a operação stop.
Raio de azar.Comecei a rezar a todos os santos para que não me mandassem parar.
Mas... os santos não me ouviram. Quando parei, quase atropelei o guarda.  O guarda pediu para eu descer do carro. Quase não consegui.
E o pesadelo aumentou. Ouvi o que qualquer bêbado teme:
- Vamos soprar o balão.
-Estou lixado, pensei. Mas, ao que parece, os santos resolveram, com atraso, atender o meu pedido. Um camião bate na outra faixa da 125 e espalha toda a carga pelo asfalto.
Os guardas imediatamente dizem:
-Vá embora, vamos socorrer aquele acidente. E correram para ajudar, no outro lado da estrada.
Eu, mais que depressa (ou pelo menos tentando) e completamente atordoado, entrei no carro e fui embora.
Feliz da vida. Hoje é meu dia de sorte, pensei.
Cheguei a casa, guardei o carro e, após agradecer aos santos pelo meu dia de sorte, fui dormir.
Estava feliz.
No outro dia, a minha mãe acorda-me às 7 da manhã e pergunta-me:
-Filho, de quem é aquele carro da Brigada de Trânsito da GNR, estacionada dentro da nossa garagem?

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