Marcha organizada pela Casa do Povo de Messines e concentração junto da sua sede. Do lugar da Junta de Freguesia retirámos o seguinte resumo:
"A freguesia de S. Bartolomeu de Messines estende-se por uma vasta área
de mais de 250 kms 2, integrada no concelho de Silves. Actualmente a freguesia,
a maior do Algarve, conta com cerca de 8 500 habitantes, repartidos pelo
barrocal e serra.
A vila estende-se nas faldas de dois importantes conjuntos montanhosos,
a Serra de Monchique e a Serra do Caldeirão.
Tem sido discutida a origem do topónimo Messines, não se sabendo se será
de origem romana ou árabe. O que se sabe é que a primeira referência escrita a
Messines, data de finais do século XII, no período islâmico.
Mas a história desta freguesia é muito anterior a estes períodos, o que
está bem comprovado pelos muitos achados arqueológicos que têm sido descobertos
em sítios como Gregórios, Cumeada, Pico Alto, Benaciate, Vale Fuzeiros e
outros.
Segundo “O Levantamento Arqueológico da Freguesia de S. Bartolomeu de
Messines”, do arqueólogo Jorge Correia, os vestígios mais antigos detectados na
freguesia datam do final do Paleolítico Superior, tendo sido descobertos muitos
artefactos no sítio dos Calvos. Noutros locais foram encontrados vestígios do
Plistocénico, o que leva a concluir que esta região foi, desde os tempos mais
recuados, sem dúvida local importante, não só devido aos recursos naturais aqui
existentes, mas também pela situação geomorfológica privilegiada, o que
possibilitou que ao longo das épocas continuasse a existir ocupação e
actividade humana… Os menires, que surgem em grande número na freguesia, são um
dos exemplos desta época distante".
Destacamos de entre os inúmeros
messinenses ilustres o nome de João de Deus, eminente poeta, autor da “Cartilha
Maternal”, de seu nome completo, João de Deus de Nogueira Ramos, nascido em 8
de Março de 1830 e falecido em 11 de Janeiro de 1896. Está sepultado no Panteão
Nacional.
Apetece colocar aqui “a vida é o dia de hoje”, um dos seus poemas mais conhecidos:
A vida é o dia de hoje,
A vida é ai que mal soa,
A vida é sombra que foge,
A vida é nuvem que voa;
A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo se esvai:
A vida dura um momento,
Mais leve que o pensamento,
A vida leva-a o vento,
A vida é folha que cai!
A vida é flor na corrente,
A vida é sopro suave,
A vida é estrela cadente,
Voa mais leve que a ave:
Nuvem que o vento nos ares,
Onda que o vento nos mares,
Uma após outra lançou,
A vida - pena caída
Da asa da ave ferida
A vida é ai que mal soa,
A vida é sombra que foge,
A vida é nuvem que voa;
A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo se esvai:
A vida dura um momento,
Mais leve que o pensamento,
A vida leva-a o vento,
A vida é folha que cai!
A vida é flor na corrente,
A vida é sopro suave,
A vida é estrela cadente,
Voa mais leve que a ave:
Nuvem que o vento nos ares,
Onda que o vento nos mares,
Uma após outra lançou,
A vida - pena caída
Da asa da ave ferida
De vale em vale impelida
A vida o vento levou!
A vida o vento levou!
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