quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

PRÓXIMA MARCHA - SÃO BARTOLOMEU DE MESSINES

Marcha organizada pela Casa do Povo de Messines e concentração junto da sua sede. Do lugar da Junta de Freguesia retirámos o seguinte resumo:
"A freguesia de S. Bartolomeu de Messines estende-se por uma vasta área de mais de 250 kms 2, integrada no concelho de Silves. Actualmente a freguesia, a maior do Algarve, conta com cerca de 8 500 habitantes, repartidos pelo barrocal e serra.
A vila estende-se nas faldas de dois importantes conjuntos montanhosos, a Serra de Monchique e a Serra do Caldeirão.
Tem sido discutida a origem do topónimo Messines, não se sabendo se será de origem romana ou árabe. O que se sabe é que a primeira referência escrita a Messines, data de finais do século XII, no período islâmico.
Mas a história desta freguesia é muito anterior a estes períodos, o que está bem comprovado pelos muitos achados arqueológicos que têm sido descobertos em sítios como Gregórios, Cumeada, Pico Alto, Benaciate, Vale Fuzeiros e outros.
Segundo “O Levantamento Arqueológico da Freguesia de S. Bartolomeu de Messines”, do arqueólogo Jorge Correia, os vestígios mais antigos detectados na freguesia datam do final do Paleolítico Superior, tendo sido descobertos muitos artefactos no sítio dos Calvos. Noutros locais foram encontrados vestígios do Plistocénico, o que leva a concluir que esta região foi, desde os tempos mais recuados, sem dúvida local importante, não só devido aos recursos naturais aqui existentes, mas também pela situação geomorfológica privilegiada, o que possibilitou que ao longo das épocas continuasse a existir ocupação e actividade humana… Os menires, que surgem em grande número na freguesia, são um dos exemplos desta época distante".
Destacamos de entre os inúmeros messinenses ilustres o nome de João de Deus, eminente poeta, autor da “Cartilha Maternal”, de seu nome completo, João de Deus de Nogueira Ramos, nascido em 8 de Março de 1830 e falecido em 11 de Janeiro de 1896. Está sepultado no Panteão Nacional.
Apetece colocar aqui “a vida é o dia de hoje”, um dos seus poemas mais conhecidos:

A vida é o dia de hoje,
A vida é ai que mal soa,
A vida é sombra que foge,
A vida é nuvem que voa;
A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo se esvai:
A vida dura um momento,
Mais leve que o pensamento,
A vida leva-a o vento,
A vida é folha que cai!
A vida é flor na corrente,
A vida é sopro suave,
A vida é estrela cadente,
Voa mais leve que a ave:
Nuvem que o vento nos ares,
Onda que o vento nos mares,
Uma após outra lançou,
A vida - pena caída
Da asa da ave ferida
De vale em vale impelida
A vida o vento levou!

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