O calendário das marchas para este ano não é muito claro na
indicação do local de concentração desta marcha. Estamos em condições de
afirmar que a concentração é no largo principal da Carrapateira, concelho de
Aljezur.
Este concelho está pejado de história,
que remonta à pré-história, podendo ali encontrar-se vestígios datados de 7.000
anos A.C. (antes de Cristo). O Museu Municipal possui um vasto conjunto de peças
em pedra polida e silex do período Neolítico. A Necrópole de Corte Cabreira,
descoberta em 1990 é um exemplo que prova a existência humana na Idade do
Bronze (entre 1.200 e 800 A.C.).
Aljezur foi fundada no Sec. X, pelos árabes, tendo sido, por
alturas da Reconquista Cristã, tomada por D. Paio Peres Correia, Mestre da
Ordem de Santiago. Em 1280 D. Dinis concede-lhe o foral, documento real que
visava a constituição de um concelho e que estabelecia os limites e os
privilégios da região. Em 1635 é construído o Forte da Arrifana com a missão de
protecção da frota pesqueira ali existente.
Na Carrapateira, freguesia da Bordeira, local de
concentração da nossa marcha, pode visitar-se a Igreja da Carrapateira,
dedicada a Nossa Senhora da Conceição, construída no reinado de D. João IV. O
Forte da Carrapateira foi, posteriormente, mandado construir à volta da igreja
por D. Nuno da Cunha Ataíde. Tal forte constituiu um baluarte na defesa da
região, infestada, ao tempo, por piratas que pilhavam a povoação, situada entre
duas praias de fácil desembarque, a Praia da Bordeira e a Praia do Amado. Podemos também desfrutar os encantos que a costa vicentina nos vai proporcionar e, certamente a marcha irá passar por aquelas arribas e falésias de uma beleza selvagem que é típico do Parque natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
Em cima fotos da marcha de Aljezur, no ano passado, na localidade do Rogil.
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