sábado, 15 de abril de 2017

CORRIDAS À 6ª FEIRA - CERRO DA CABEÇA DE CÂMARA - 14-04-2017

O grande Almada Negreiros escreveu um dia: "Pede-se a uma criança: desenha uma flor! Dá-se-lhe papel e lápis......Passado algum tempo o papel está cheio de linhas...... a criança pôs no papel algumas dessas linhas, ou todas. Talvez as tivesse posto fora dos seus lugares, mas, são aquelas as linhas com que Deus faz uma flor! (consultem a Net e leiam o artigo completo que vale a pena).
Agora, muito modestamente, digo eu: Pede-se ao Ilidio Valério: desenha um trilho! Deem-lhe um cerro e o Ilídio risca, risca e mesmo sem a ajuda de Deus sai um novo itinerário, um novo acesso a um velho cerro. O voluntário excelentíssimo, o grande Ilídio Valério, homem de grande disponibilidade e imaginação, pensou, pensou e, qual criança a desenhar uma flor, cria um novo percurso para aceder ao velho conhecido Cerro da Cabeça de Câmara. E o Ilídio, cumprindo um contrato, não redigido em notário, com outro excelentíssimo voluntário, o Osvaldo Serro, contrato esse que determina que um ajuda outro, quando esse outro organiza e o outro ajuda um, quando esse um organiza, completaram o ramalhete para esta noite. Confuso? Leiam outra vez para entenderem melhor, ahahahah!
E a montanha pariu, não um rato, mas mais um excelente e belíssimo itinerário, o que prova que as nossas montanhas têm variadas formas de se conquistar. Talvez seja interessante imaginar outros trilhos para subir aos outros cerros já vencidos por estes pirilampos malucos das corridas nocturnas. Talvez apareçam Ilídios ou Osvaldos para desenharem essas flores.
Esta noite mais parecia um daqueles dias de corridas de automóveis, com um "paddock" devidamente montado, com iluminação de um gerador de marca  Valério, um Galamba que se constituiu improvisado e corajoso "Securitas" e mais dois acólitos bem musculados, na guarda das viaturas ali estacionadas, acompanhados por uma façanhuda Alcina Nunes, de cara patibular exacerbada por uma hérnia discal que afastava os mais incautos tal a carantonha de poucos amigos que evidenciava e as chispas de ciática que relampejavam naqueles olhos (vou ter de dormir no sofá esta noite). E perante aqueles físicos musculados do Galamba e companheiros e aquele ar audacioso da Alcina, nenhum amigo do alheio se atreveu a mostrar o nojento nariz por aquelas bandas. Uma equipa invencível.
E o cerro foi conquistado, não uma mas várias vezes, tal o carrossel de subidas e descidas montado pelo Ilídio para gáudio e muitas tonturas de alguns e exuberantes manifestações atléticas de outros.
Merecem elogios outros voluntários, gente activa, disponível, o Sérgio, o José Maria, o Luís, o Edgar e as meninas Célia e Sónia e o "puto" Tiago, um gigante. Claro que as referências pertencem ao líder Luís Santos. Ele é que sabe. 
A história um dia contará o que foi esta nova Aljubarrota, com exageros certamente, como tudo o que a história conta, mas os vindouros irão extrair um resumo de uma noite bem sumarenta. 
As fotos é que contam a verdade, AQUI.

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