O novo acordo ortográfico entrou em vigor em Janeiro de 2009. Foi, contudo, estabelecido um período de transição até 2015, em que ainda podemos utilizar a grafia antiga. No entanto é obrigatório, a partir do dia 1 de Janeiro de 2012, a sua aplicação em todos os organismos do Estado, bem como na redacção do Diário da Republica.
Façamos um resumo das alterações principais, com alguns exemplos para melhor compreensão:
-O alfabeto passa a incluir as letras K, W e Y.
-Os dias da semana, meses e pontos cardeais passam a escrever-se com minúsculas.
Exemplos: - domingo, janeiro, norte.
-Podem utilizar-se maiúsculas ou minúsculas nos títulos de livros (Uma família inglesa ou Uma Família Inglesa), nas formas de tratamento ( Senhor doutor ou Senhor Doutor), nos nomes das disciplinas escolares ou do domínio da ciência (Matemática ou matemática), nas ruas, monumentos ou edifícios (Rua 25 de Abril ou Rua 25 de abril, Torre de Belém ou Torre de belém, Mosteiro da Batalha ou Mosteiro da batalha).
-Desaparecem as consoantes mudas (o que não pronunciamos não escrevemos, e o que pronunciamos fica igual).
Exemplos: cc - colecionador, lecionar (fica igual: faccioso, ficcional); cç – ação, coleção, direção, fração, seleção (fica igual: convicção, fricção, sucção); ct – ato, ator, atual, arquiteto, diretor, espetáculo, objetivo (fica igual: contactar, bactéria, intelectual, pacto); pc – anticoncecional, excecional, recionista (fica igual: núpcias, egípcio, capcioso): pç – aceção, adoção, conceção, direção, (fica igual: corrupção, opção); pt – adotar, batismo, ótimo (fica igual: adepto, apto, eucalipto, rapto).
-Podem utilizar-se as duas grafias quando a pronúncia também varia.
Exemplos: carácter ou caráter, infecção ou infeção.
- Supressão dos acentos gráficos.
Nos verbos da 2ª conjugação, 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo.
Exemplos. Creem, deem, leem, veem.
Nas palavras graves com ditongo oi.
Exemplos: asteroide, heroico, espermatozoide, jiboia.
Do acento grave nas palavras homógrafas.
Exemplos: para (de parar) e para (preposição); pelo (de pelar) e pelo (substantivo). Fica igual em paramos e parámos, pôde e pode, pôr e por.
-Supressão do hífen
Quando a segunda palavra começa por r ou s.
Exemplos: antirreligioso, autoserviço, contrarrelógio, minissaia.
No verbo haver em que a segunda palavra é de.
Exemplos: hei de, hás de, hão de.
Quando a primeira palavra é um prefixo com uma vogal no fim e a segunda palavra começa com vogal diferente.
Exemplo: agroindustrial, autoestrada, plurianual.
Excepções: mantêm hífen as espécies botânicas e zoológicas.
Exemplos: abóbora-menina, couve-flor, cobra-capelo, formiga-branca.
Está na nossa mão começar já a adaptação à nova forma de escrita. As críticas têm sido muitas, mas é um hábito dos portugueses estarem sempre contra qualquer alteração. Não nos esqueçamos que a língua é viva e que tem sofrido ao longo dos anos muitas alterações. Esta é uma delas e pretende uniformizar as grafias utilizadas nos países que a falam. Há outras posições absolutamente legítimas que não concordam com as alterações introduzidas. Acham que há uma subordinação excessiva ao Brasil e que a língua é um património que devemos preservar e que as alterações ora introduzidas não são muito claras na sua necessidade.
Pela minha parte vou tentar, contrariado, já que quando não os vencemos nos juntamos a eles, lentamente, introduzir a nova grafia neste blogue. Vão surgir algumas irregularidades mas com o tempo lá iremos.
Pela minha parte vou tentar, contrariado, já que quando não os vencemos nos juntamos a eles, lentamente, introduzir a nova grafia neste blogue. Vão surgir algumas irregularidades mas com o tempo lá iremos.
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