domingo, 12 de maio de 2013

MARCHA DE OLHÃO






Ó vila de Olhão
Da Restauração
Madrinha do povo
Madrasta é que não
(José Afonso)

 
E marchámos, mais uma vez, na cidade de Olhão. Na orgulhosa Olhão, madrinha que não madrasta, como dizia o Zeca.
Recordem-se os factos que dão a esta terra o toque da heroicidade. Foi em 16 de junho de 1808 que os olhanenses deram um exemplo de patriotismo, sublevando-se contra as tropas ocupantes de Napoleão. A revolta popular culminou com a refrega da ponte de Quelfes, derrotando os franceses e obrigando-os à retirada, iniciando-se aí a libertação do Algarve.
Esta libertação dá origem a um acto heróico com a viagem do caíque “Bom Sucesso”, comandado pelo mestre Manuel Martins Garrocho, que partindo de Olhão a 6 de Julho de 1808, chega ao Rio de Janeiro a 22 de Setembro, comunicando ao rei D. João VI, que aí se tinha refugiado, a boa nova da libertação do Algarve.  O rei atribui a Olhão o titulo honroso de “Vila de Olhão da Restauração”.
Por vezes marchamos em locais de grande significado histórico ou de grande beleza, passamos ao lado de sítios que deveriam merecer da nossa parte um pouco mais de respeito e veneração, mas a vontade de marchar, a alegria do grupo, tudo faz esquecer. As organizações locais além da obrigatória marcação do percurso, da distribuição das águas, do aquecimento, poderiam, com um pouco de imaginação, promover melhor as suas terras, dando nota da história local, dos pontos de interesse, do artesanato da região, da gastronomia.
Hoje passámos ao lado da réplica do caíque Bom Sucesso. Quantos marchantes saberão o significado histórico daquele barco?
Organização impecável, como já é habitual, do Helder Oliveira. Percurso muito semelhante, mas muito belo, de marchas anteriores.
Restantes fotos AQUI.
Como curiosidade e em especial atenção a um amigo marchante, o Armando, que o pediu, em baixo a canção de José Afonso alusiva a Olhão:
 
 

 

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