Em 20 de Junho de 1889, em Paris, um senhor de nome Raymond
Lavigne, membro da Internacional Socialista, decide propor que se convocassem,
anualmente, no dia 1 de Maio, manifestações cujo objectivo seria a redução do
horário de trabalho para 8 horas. A escolha desta data não era
inocente, porque foi nesse dia e seguintes que nos Estados Unidos da América, greves
gerais com os mesmos objectivos, deram origem a dezenas de mortos entre manifestantes
e polícias. Em 1 de Maio de 1891, numa
manifestação no norte de França morrem 10 manifestantes em confronto com as
forças policiais. Destas escaramuças periódicas resulta, finalmente, em 23 de
Abril de 1919, que o senado francês autorize a jornada de 8 horas de
trabalho diário e decrete o dia 1 de Maio como feriado nacional. Nos EUA esse
dia nunca foi considerado como dia do trabalhador, mas em 1890 o congresso,
finalmente, autoriza a jornada de 8 horas diárias de trabalho. No entanto, há
nos EUA o denominado “Labor Day”, mas, só para chatear, não a 1 de Maio mas
sim na primeira segunda feira de Setembro. Americanices!
Em Portugal só em 1 de Maio de 1974, 6 dias depois da queda
da ditadura, é que se celebrou o primeiro dia do trabalhador.
Neste dia, que hoje se celebra, é justo lembrar todos aqueles que sacrificaram as
suas vidas lutando pela redução de horários de trabalho desumanos e pela dignificação
do ser humano. “O mundo pula e avança” sempre graças a alguns que se prejudicam
em benefício de milhões.
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