Esta primavera, mascarada de inverno, tem estragado muitos planos a muita gente. E hoje, a malvada, por razões de segurança (o Guilhim não gosta de corredores em dias de chuva), mas também porque uma visita de cortesia aos Amigos do Coiro da Burra, corria o risco de, devido ao mau tempo, sair gorada a sã convivência que se pretendia estabelecer com um dos grupos mais simpáticos do arco da governação. Raios, não era isto que queria dizer. Do panorama dos grupos informais de marcha/corrida do Algarve (assim está melhor). Em boa hora o nosso António Santos, homem sempre previdente, resolveu contactar o líder dos ACB, o carismático Valentim Vargues e adiar em uma semana a visita. É para isto que servem os lideres, para de forma expedita, rápida, contornar o que está menos bem e apresentar logo uma solução. E recuperámos um antigo percurso, Teatro, traseiras da estação, doca, Largo de S. Francisco, Cais e regresso pelo mesmo caminho. E a chuva veio já no final justificando, plenamente, a decisão da anulação. Até o Fernando Pessoa se antecipou:
Cai chuva do céu cinzentoQue não tem razão de ser.
Até o meu pensamento
Tem chuva nele a escorrer.
Tenho uma grande tristeza
Acrescentada à que sinto.
Quero dizer-ma mas pesa
O quanto comigo minto.
Porque verdadeiramente
Não sei se estou triste ou não.
E a chuva cai levemente
(Porque Verlaine consente)
Dentro do meu coração.
(Fernando Pessoa)
Quero dizer-ma mas pesa
O quanto comigo minto.
Porque verdadeiramente
Não sei se estou triste ou não.
E a chuva cai levemente
(Porque Verlaine consente)
Dentro do meu coração.
(Fernando Pessoa)
Vejam as fotos no local habitual, ainda sem chuva.
Perfeito, tão belo, acabei por partilhar.
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