quarta-feira, 17 de julho de 2019

FARO, PEGADAS À 4ª FEIRA - O TRAIL DO CARAÇAS - 17-07-2019


Há uns que fazem algo "a pedido de muitas famílias", não as nomeando porque, provavelmente, não houve nenhuma família a pedir-lhes, ou então houve muitas famílias aliviadas pela ausência. A explicação anónima de um regresso justificado pelos pedidos de supostas famílias, revela insegurança e desejo de reconhecimento que não se merece. 
Nós por aqui neste modestíssimo blog, cujo destino será um dia esquecido para todo o sempre, por inépcia e falta de qualidade, não tivemos qualquer família a pedir para voltarmos. Tivemos sim uma conversa com um amigo, que nos demonstrou o interesse histórico da manutenção do registo das actividades "marchisticas" dos frequentadores dos grupos de marcha/corrida. Claro que esse amigo, por ser amigo, é suspeito (e talvez seja o único a ler-nos, o que muito abona a favor da sua paciência e masoquismo) do conselho em manter-nos por cá. Vamos continuar, com intermitências estivais, escrevinhando umas tretas. Recomecemos com o evento de hoje, do Pegadas à 4ª Feira. Continuaremos, não sabemos quando. Vogaremos ao sabor dos tempos, navegando à vista sem a obrigatoriedade de aportar a porto seguro.
Ora o Pegadas de hoje foi o reviver de alguns eventos memoráveis do antigamente. O António Santos fez aquilo a que os fabricantes de automóveis chamam de "restyling" ou "facelift" (o português não usa "modificação, alteração, melhoria" - é mais fino o estrangeirismo). O António alterou o modelo, recorreu a elementos já utilizados, as cordas, acrescentou o chocalho, provocou os passantes ao toque subtil ou violento no badalo e da noite silenciosa fez ruído. Dos Fiats velhinhos fez Ferraris, dos Clios fez Porches. O António é como o JC. Multiplica os peixes, dá vida a Lázaro, altera o mundo. O António não faz facelifts, nem na face. O António imagina, altera ou cria. Pode utilizar elementos existentes mas, como diria Lavoisier "na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". O António é um discípulo, sem o saber e até no nome, do Antoine-Laurent Lavoisier. 
E o blog regressou, as férias duraram pouco, a pedido, subliminar, de um homem, não de qualquer família. O "Trail do Caraças" merecia este regresso. O trail, com peso, conta e medida (o das Caldas, o trail, nem aos calcanhares lhe chega), foi um gozo, uma hilariante brincadeira e não foi do caraças. Nem o badalo do António era do caraças. O badalo do António era sonoro, vibrante, apetecia sacudir, mas não era do caraças e ainda bem, badalos do caraças são muito barulhentos e podem aleijar os incautos. A segurança acima de tudo, não é António? 
Um evento excelente mais uma vez. Vi por ali gente a arfar naquela subida "do caraças", mas felizes por chegarem lá ao alto. Podemos afirmar com absoluta certeza, porque vimos e ouvimos, que os 218 presentes deram por bem empregada a deslocação e hoje dormirão o sono dos justos, em paz e satisfeitos pela fuga às novelas, em direcção ao badalo, às cordas, à mata, ao exercício físico.
As fotos estão AQUI.

2 comentários:

  1. Sempre faz falta para animar a malta... É que na falta de Facebook, está aqui o blogue a fazer o historial do acontecimento desta quarta-feira, e fica para a história, fica, fica.
    Obrigado Jorge Lopes.

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  2. Só ouvi bons comentários ! Obrigado pelo passeio e pelas surpresas, esteve tudo impecável. E as bifanas no fim, já ninguém dispensa ! Como é fácil fazer as pessoas felizes...

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