O ano bissexto é aquele que tem 366 dias, um dia a mais que o ano comum. Nos anos bissextos acrescenta-se um dia ao mês de Fevereiro, o que aconteceu ontem, dia 29. De 4 em 4 anos há um ano bissexto.
Mas porquê a existência desde dia a mais nos anos múltiplos de 4?
A Terra, no seu movimento de translação (aquele que faz à volta do sol), demora 365,242199 dias a dar uma volta completa. Ora o ano comum só tem 365 dias pelo que sobram 5 horas, 48 minutos e 46 segundos (0,242199/dia). Se arredondarmos este valor para 6 horas significa de 4 em 4 anos (6 X 4 = 24 horas), teremos de acrescentar um dia para nos mantermos dentro da normalidade do ano solar.
Mas ainda subsiste uma dúvida importante. Reparem que arredondámos para 6 horas o tempo que por ano a Terra leva a mais no seu movimento de translação. Ora há uma pequena diferença de 11 minutos e 14 segundos que ficam a faltar. Assim, este valor acrescentado ano a ano faria com que um dia tivessemos o Inverno no Verão e vice-versa. Tornou-se, então, necessário proceder a um acerto. E convencionou-se, depois de muitos cálculos matemáticos, que de 100 em 100 anos haveria um ano que não seria bissexto, excepto nos anos múltiplos de 400. Foi com esta regra que os anos 1.500 e 1.900 não foram considerados bissextos. E será com esta regra que o ano 2.300 também não o será.
E aqui fica a explicação resumida desta alteração do calendário. Há também uma implicação religiosa nisto tudo mas essa explicação ficará para o próximo ano bissexto, em 2016. Até lá vamos marchando com a habitual alegria. E no ano 2.300 (que deveria ser bissexto) teremos um mês de Fevereiro com 28 dias. Planeemos, desde já, o que fazer com o dinheiro que nos sobrará do ordenado, porque marchando da maneira como o fazemos, lá havemos de chegar.
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