Um poema de António Aleixo e um ramo de flores é a nossa homenagem às mulheres neste dia tão especial. Obrigado por existirem. Sem vós que seria destes seres inferiores, os homens.
MOTE
Tu és pura e imaculada,
Cheia de graça e beleza;
Tu és a flor minha amada,
És a gentil camponesa.
GLOSAS
…..
Teus lábios nunca pintaste,
És linda sem tal veneno;
Toda tu cheiras a feno
Do campo onde trabalhaste;
És verdadeiro contraste
Com a tal flor delicada
Que só por muito pintada
Nos poderá parecer bela;
Mas tu brilhas mais do que ela,
Tu és a flor minha amada.
Pois se te tenho na mão,
Inda assim acho tão pouco,
Que sinto um desejo louco:
Guardar-te no coração!...
As coisas mais belas são
Como as cria a Natureza,
E tu tens toda a grandeza
Dessa beleza que almejo,
Tens tudo quanto desejo,
És a gentil camponesa
António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo..."
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário