Autoria - Osvaldo; montagem - Osvaldo Serro; realização - Osvaldo o Serro; produção - Osvaldo o Grande. Uma extraordinária monotonia.
O Gil Vicente escreveu o Monólogo do Vaqueiro, o Osvaldo realizou, montou, produziu, interpretou o Monólogo do Caracol. A estreia mundial foi em 2017, a reprise em 2018, hoje. Assistência variada, desde os Pegadas de Faro, a Passadeira Vermelha de Almancil, o Coiro da Burra, o Mexe-te Mó, O Bolis Walk & Run, os Cool Runners, Alporchinhos, enfim quase todos estiveram representados nesta babilónia marchística.
Subiu-se ao alto de um cerro, ou não fosse o autor também um Serro, bem pejado de tojos, que foram muito bem aproveitados para umas depilações à borla, saindo dali mais belos e belas do que tinham entrado, entrando cabeludos e saindo depilados. Mais uma vantagem destes eventos. Apetece perguntar: para quando um evento onde, ao contrário deste, entramos carecas e saímos com uma farta cabeleira? Esse sim era merecedor do meu maior elogio.
No final comeram-se "escalopes de porc à la portugaise" e "escargot à la algarvês" - sim porque isto destas corridas é só "finesse" e o "gourmet" é para nós o mais normal. As classes inferiores comem caracóis e bifanas, essas comidas profanas, as classes superiores comem "à la française".
Deixemo-nos de filosofias baratas e passemos à realidade palpável. O Osvaldo, o Grande, no tamanho, no sorriso, na simpatia, no voluntarismo, na eficiência, foi, mais uma vez, inexcedível na realização do evento. O percurso é muito bom e auguramos um esplendoroso destino deste que já é um clássico do panorama das marchas/corrida no Algarve.
Para o ano há mais.
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