sábado, 5 de outubro de 2019

CORRIDAS À 6ª FEIRA - MESSINES - 04-10-2019

Em terra de João de Deus de Nogueira Ramos, o João de Deus poeta, o pedagogo da Cartilha Maternal, o homem cujos restos mortais estão no Panteão Nacional, o Corridas, indiferente a tão grande figura, concentrou-se quase ao lado da estátua que homenageia o seu mais famoso conterrâneo. O Corridas depois de uma visita ao campo superior direito do Algarve, ficou-se desta vez pelo centro. O Corridas é um grupo que diversifica os seus locais de concentração. Não se importa de reduzir a participação motivada pelas distâncias, mas mantém um inflexível núcleo duro que aparece sempre, quer seja em Alcoutim ou em São Bartolomeu de Messines. É uma postura merecedora de consideração (a tentativa de cobertura do espaço algarvio é de louvar), mas algo perigosa, já que pode criar desabituação nalguns que privilegiam proximidades. Hoje em Messines, diversificou-se e a frequência foi boa (169 participantes). Sendo um grupo informal de marcha/corrida nocturno, é muito complicado reunir muitos quando as deslocações são longe e é necessário regressar a desoras para o descanso reparador. Os horários de saída dos empregos, por vezes não são compatíveis com deslocações longínquas e a solução mais fácil ou obrigatória é não ir. Enfim, não nos compete a nós decidir onde e quando, se é longe ou se é perto, se tem muita ou pouca frequência. Compete-nos sim aparecer, tirar umas fotos e escrever umas asneiras até quando nos permitir a senilidade, o Alzheimer e a capacidade física.
Ficou-nos esta noite um percurso excelente, num misto de alcatrão e terra batida, a visita à terra do João de Deus e a recepção carinhosa dos organizadores. A Junta de Freguesia foi inexcedível na organização e recepção. Parabéns à Presidente Carla e aos Bombeiros. Um agradecimento especial à Maria João e Cristina pela atenção com o imitador de fotógrafo.
Homenageemos Messines com um poema, talvez o mais conhecido, do seu insigne poeta:
A VIDA
A vida é o dia de hoje,
A vida é ai que mal soa,
A vida é sombra que foge,
A vida é nuvem que voa;

A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo se esvai:
A vida dura num momento,
Mais leve que o pensamento,
A vida leva-a o vento,
A vida é folha que cai!

A vida é flor na corrente,
A vida é sopro suave,
A vida é estrela cadente,
Voa mais leve que a ave:

Nuvem que o vento nos ares,
Onda que o vento nos mares,
Uma após outra lançou,
A vida – pena caída
Da asa da ave ferida
De vale em vale impelida
A vida o vento levou!

Vejam as fotos AQUI.

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