quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

FARO, PEGADAS À 4ª FEIRA - PEGADAS NOCTURNAS - 12-02-2020


O HOMEM
Em 1964 Irving Wallace escreve um livro de seu nome "O Homem", livro esse premonitório do que aí viria, em 2008, com a eleição de Obama, o primeiro presidente negro da história dos EUA, algo que ninguém, na plena posse das suas faculdades, imaginava viesse a acontecer, tal o racismo, ainda latente, em muitos estados do país. Mas Wallace, 44 anos antes, coloca na presidência um negro de nome Douglas Dilman. Apesar da fértil imaginação do escritor, ele não se atreveu a colocar no seu livro a eleição directa do negro Dilman. O enredo da história passa pela morte do presidente em exercício, a que sucedeu, constitucionalmente, o vice-presidente, o tal negro, o Douglas Dilman. Mas Wallace descreve o exercício desse presidente negro, como um sucesso, impondo-se como um homem de enorme carisma e competência, deixando os seus mais acérrimos críticos sem argumentos e fazendo-lhes engolir qualquer resquício de racismo. Também aí o escritor foi premonitório, já que Obama, também ultrapassou a desconfiança inicial e revelou-se um excelente presidente, que ultrapassou a crise de 2008, originária nos EUA e que alastrou pelo resto do mundo, entregando, 8 anos depois, a um presidente, este bem branco, um país limpo e escorreito.
Se Wallace escrevesse a história do Pegadas, teria de relatar também uma enorme crise que quase destruiu o grupo e que foi a "eleição" de um "branquelas" com nome de um santo e, para não haver qualquer duvida, com Santos no nome, homem que atingiu, esta semana, aquela idade em que só os patos, os parvos e os portugas, não atingem. Foi este Dilman que tirou o grupo informal Pegadas da crise, alcandorando-o ao sucesso, que hoje seria um exemplo nos EUA, se ali estivesse instalado.
Parabéns ao António Santos pelo aniversário. As Pegadas Nocturnas de hoje foram em sua homenagem, pela saída da crise, pelo esforço e pela imaginação deste Dilman branco. 
Que pena não haver por aí um Irving Wallace que escreva a história do Pegadas, romance que também se poderia denominar "O Homem" ou "Aquele Gajo que Salvou o Pegadas" ou "O Abominável Homem do Pegadas" ou "O Glorioso Homem das Máquinas Corredoras" ou então e para terminar "Se Te Fores Embora Levas na Corneta". Pois é António, fizeste anos, ainda estás na década de 60, descobriste hoje uma ponte artesanal de madeira (projecto arquitectónico de enorme valor estético, ihih, da Altimetria) onde passaram 137 atletas, inventaste novos percursos, criaste cobras, descobriste caminhos árabes, fizeste alpinismo, andaste pelo desfiladeiro, subiste uma escada, mostraste-nos a torre de Pisa, eu sei lá o que a tua fértil imaginação já nos brindou. Mereces o 69 (o aniversário, claro). 
E lá lhe papámos o bolo. Os votos de que para o ano comemore os 70, o que não será difícil depois da ultrapassagem de ano tão activo, difícil e saboroso. 
Obrigado António Santos.
As fotos estão AQUI.

Sem comentários:

Enviar um comentário