domingo, 31 de janeiro de 2010

MARCHA DE SANTA LUZIA

Um grande poeta castelhano, António Machado, escreveu, um dia, que "o caminho faz-se caminhando". Hoje em Santa Luzia  1.000 marchantes, percorreram ruas, estradas, trilhos, praias, embebendo os olhos  nas magníficas paisagens da "Capital do Polvo".
Santa Luzia é um povoado típico do concelho de Tavira, banhado pelo sapal da Ria Formosa, que se tem mantido, ao longo dos anos, protegido dos malefícios do turismo de massas.
Mantém ainda as casinhas tradicionais dos pescadores, o que o torna um local digno de ser visitado.
É a freguesia mais pequena de Tavira, só tendo 1794 habitantes.
A sua fundação, por iniciativa de pescadores, data de 1794, tendo-se desenvolvido ao redor de uma ermida dedicada a Santa Luzia ainda hoje sua padroeira.
Em 1999 foi elevada à categoria de vila.
A sua população dedica-se sobretudo à pesca do polvo, com alcatruzes e covos. Por isso lhe chamam a “Capital do Polvo”.
O turismo é também uma aposta ganha e também uma das actividades da sua população.
Os marchantes do percurso maior, tiveram oportunidade de visitar uma das mais belas praias do Algarve, a praia do Barril com o seu típico combóio.
O percurso foi uma feliz escolha da Câmara de Tavira, sendo uma brilhante alternativa ao tradicional percurso da Mata da Conceição.

sábado, 30 de janeiro de 2010

CORRESPONDÊNCIA DO BLOGUE

Recebido via email do blog (ver ao lado) e que publico, com satisfação e a devida vénia:
Olá , primeiro de tudo queria  dar-lhe os meus parabéns por este blog e pela força e determinação que nos transmite através do blog que criou ...
Afinal as marchas e os marchantes já necessitavam de que alguém os presenteasse com algo do género..
Acho admirável as pessoas que se envolvem neste programa e a força contagiante em que determinam a sua passeata.
Além dos parabéns queria deixar uma força para que a Câmara Municipal de Loulé vos apoie ainda mais no vosso desporto..
Um beijinho a todos os desportistas , mas um ainda mais espeçial ao meu avô que nunca falta JOSÉ MARQUES MATIAS.
Fedra Barreto

Obrigado Fedra pela sua opinião. O mérito é do IDP, que este ano e com o extraordinário incremento dado pelo seu Director Prof. Joaquim Duarte, e dos seus técnicos, que estão sempre presentes, permitiu dar um salto qualitativo, sendo de destacar a página negociada com jornal "O Algarve". Este jornal sai às Quintas-Feiras e aos Sábados junto ao Expresso (passe a publicidade) e é distribuido no dia das marchas e tem sido um extraordinário veículo de promoção.
A Câmara Municipal de Loulé tem sido, talvez, uma das Câmaras que mais tem apoiado os marchantes. Na última marcha verifiquei a presença de três autocarros de Loulé. Também verifiquei que estavam presentes autocarros de onze Câmaras do Algarve o que foi fantástico.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

MARCHANDO E RINDO


Na marcha de Pechão duas marchantes, que nunca tinham sido vistas nas nossas marchas, vestidas com fatos de treino último modelo, percorriam o caminho junto a uma das nossas simpáticas velhotas de 80 anos. Cheiravam a um perfume especial e uma delas, abanando o fato de treino na direcção da velhota diz, petulante:
- Chanel, 50 euros por grama...
A outra, para não ficar atrás, também a cheirar a perfume raro e caro, vira-se para a velhota e abanando também o bem cheiroso fato de treino, diz:
- Gyvanchi, 110 euros a grama...
Ao chegar ao final da marcha a velhota, encostando-se às duas vaidosas, dá um "daqueles" silenciosos e mal cheirosos, sacode-se para arejar, volta-se para as "peruas" e diz:
- Feijão encarnado de conserva, 1 euro a lata... Esta semana, no Pingo Doce...
(aposto que não as vamos ver em Sta Luzia)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

PARA NÃO ESQUECER

Transcrevemos, com a devida vénia, informação que nos foi enviada, pela Susana do IDP, sobre a próxima marcha de Santa Luzia:
No âmbito do Calendário Regional de Marcha-Corrida 2009/2010 e atendendo à realização da marcha do próximo dia 31 de Janeiro, em Santa Luzia (Tavira), vimos pelo presente informar que, por motivos que se prendem com condições logísticas por parte da organização, o local de concentração não será no Largo da Igreja, conforme consta no calendário, mas sim no Parque de Terra “Os Pinheirinhos”, próximo da Escola EB 1 de Santa Luzia.

Solicitamos assim a v/colaboração na divulgação do acima exposto, junto dos participantes.
Com os melhores cumprimentos,
Susana Rodrigues
Aproveitamos para, além de apelar à vossa participação, dar algumas informações:
Como chegar ao local da marcha:
Siga pela nacional 125 e, antes de Tavira, vire para Pedras d’el Rei, vá até ao final do aldeamento e, no sapal, vire à esquerda. Siga em frente, ao longo do sapal, e "é logo ali".
Outra alternativa é ir até Tavira, entrar no primeiro acesso, deixe à sua direita a estação da CP e seguir em frente (não vire para a baixa da cidade). Ao fundo da rua vire à direita e a 2km estará em Santa Luzia.
Depois da marcha pode visitar a Igreja Matriz, a praia do Barril com o seu típico comboio e, se houver barco a praia da Terra Estreita.
Não faltem. Temos de manter um nível de participação próximo das 1.000 presenças. A nossa saúde agradece.

AS CRÓNICAS DO JORNAL "O ALGARVE"

GALERIA DOS NOTÁVEIS FIGURÕES
O CAPITÃO IGLO

É um dos marchantes mais carismáticos do vasto pelotão.
Sempre presente todos os Domingos, a sua simpatia contagia, a sua boa disposição espalha-se fàcilmente a quem o rodeia.
Tal como a personagem do anúncio da TV, tem um ar seráfico, angelical, que atrai. Homem de verbo fácil, extrovertido, faz recordar um personagem bíblico.
Se um dia, enfàticamente, disser: “deixai vir a mim as criancinhas”, todos acreditarão na seriedade das suas palavras e não considerarão blasfémia tal atrevimento. E, acredito, as criancinhas virão. E prestarão homenagem ao homem que desceu, não dos céus, mas das faldas do Caldeirão, dessa simpática cidade de S. Brás de Alportel.
Obrigado, amigo Orlando, por existires e por nos dares Domingo a Domingo o prazer da tua alegria contagiante.
És também um símbolo das nossas marchas, um incentivo á nossa presença e um estímulo para todos.

domingo, 24 de janeiro de 2010

MARCHA DE PECHÃO




O Helder Oliveira, com a sua habitual simpatia e alegria, recebeu cerca de 1.000 marchantes e organizou uma marcha impecável. Onze Câmaras Municipais representadas (seja bem vinda Tavira) algumas com mais de um autocarro. Fantástico!
Percurso muito agradável, de grau de dificuldade fácil, foi mais uma jornada de convívio e amizade.

E agora, conforme prometido em post anterior, aqui vai a explicação para o nome da aldeia, onde marchámos (PECHÃO),  cuja originalidade nos coloca um brilhozinho lúbrico nos olhos.
Há diversas explicações para a sua origem.
O nome original poderia ser Pé-Chão, considerando Pé como sinónimo de sopé e Chão como terreno plano situado nos sopés dos Cerros de S. Miguel, Malhão e Guelhim.
Há quem diga que tal nome deriva de uma espécie de uvas produzidas na região e cuja casta se denominava de pexã ou pechã.
Outra versão reporta-se à existência, no passado, de uma fonte que, dizia-se, tinha poderes sobrenaturais. O chão era sagrado, ou Pio, devido à água milagrosa que dele brotava. Era um Chão Pio ou Pio-Chão.
Segundo outra versão, teria aparecido na Ribeira de Bela Mandil, que passa ao lado dos terrenos onde foi edificada a aldeia, um enorme peixe, um peixão. Esta parece ser a explicação mais plausível e até o brasão de armas da aldeia apresenta como imagem central um peixe (vejam post mais abaixo).

Qualquer que seja a explicação para a existência de tão singular nome, ela não é, certamente, aquela que as vossas tortuosas e perversas mentes imaginavam.

Penitenciem-se, vá lá…….. quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga.
(Fonte: "Pequena Monografia de Pechão" de Francisco Guerreiro editada em 1988)

sábado, 23 de janeiro de 2010

HAITI - UM HINO À VIDA


A salvação desta criança no Haiti, depois de 7 dias soterrado, o simbolismo dos braços abertos parecendo abraçar o mundo, que já desesperava ver, a alegria dos salvadores, as palmas dos presentes, transformam esta foto numa das melhores que já vi. É sem dúvida a foto do ano, é um hino à vida, é a homenagem a um sobrevivente, é um exemplo para todos nós que, por vezes, nos preocupamos e sofremos por ninharias sem sentido.
Perdoem se me afastei, por esta vez, da finalidade deste blog. Vou tentar não reincidir.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

MARCHANDO E RINDO

O Joaquim e Manuel eram grandes amigos e igualmente fanáticos pelas nossas marchas. Certa vez o Joaquim perguntou:
- Oh Manel, será que no céu há marchas?
- Raios, espero quem sim! Vamos fazer o seguinte: o primeiro que morrer volta para avisar o outro....
- Combinado!
Alguns anos depois, o Joaquim bateu as botas e na noite seguinte foi ao quarto do Manuel.
- Ai,Ai, Jo..Jo...Joaquim....Ai meu Deus!
- Calma, sou eu, o Joaquim. Tenho uma boa e uma má notícia. A boa, é que há marchas no céu.
- Fixe... e a má?
- É que no próximo domingo já vais a uma delas!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

PARA NÃO ESQUECER

Próximo Domingo, todos a Pechão.
O Instituto de Meteorologia prevê bom tempo.
O Helder Oliveira já anda a preparar as fitas, as setas, a carregar as águas e a preparar o CD com aquelas músicas que ajudam a "abanar o capacete".
Local de concentração habitual: Zona Desportiva de Pechão.
P.S. - No post da marcha, na Segunda-Feira, tentaremos explicar a origem do nome Pechão e verão que a vossa fértil imaginação precisa de uma lavagem purificadora.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

domingo, 17 de janeiro de 2010

MARCHA DE PADERNE






Finalmente o bom tempo. E foi bom visitar Paderne, aldeia do concelho de Albufeira, sobranceira à ribeira de Quarteira. Oitocentos marchantes percorreram alguns caminhos que lhes permitiram passar nas fontes de Paderne e visualizar ao longe o Castelo. Convém recordar que o Castelo de Paderne é um dos sete castelos representados na bandeira de Portugal. Construido em taipa, entre o Sec. XI e XII, pelos Almoádas, foi conquistado pelo rei Sancho I em 1189, perdido para os Árabes anos depois, e definitivamente reconquistado em 1248 pelo rei Afonso III. Percorrer aquele caminho (última foto) faz-nos sentir arrepios na espinha. O peso de centenas de anos de história, sentir que por ali se batalhou, se morreu em combates sangrentos, atinge-nos e reduz-nos à nossa pequenez e torna ridícula qualquer vaidade que nos possa passar pela cabeça.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

AS CRÓNICAS DO JORNAL "O ALGARVE"

GALERIA DOS NOTÁVEIS FIGURÕES
O CASAL MARTINS

Há pessoas que justificam plenamente o significado de determinados ditos populares. A “vox populi” do “antes quebrar que torcer” aplica-se perfeitamente ao casal Martins.
Mas passemos aos factos.
O casal Martins resolveu iniciar-se nestas marchantes lides exactamente numa caminhada organizada em Estoi e cujo percurso foi objecto de uma malévola sabotagem. Alguém, irresponsàvelmente, resolveu retirar toda a sinalização indicativa do percurso, colocada prèviamente pelos organizadores. O resultado de tão estúpida atitude foi que um percurso de 9 km se transformou num de 16, 17 ou 18 Km, o que nos proporcionou uma visita, não guiada, por serras nunca dantes visitadas e uma passagem pela simpática aldeia de Pechão de onde, e a partir daí, e seguindo pela estrada, conseguimos atingir o local da partida.
O casal Martins, estreante nestas andanças, com os músculos habituados a uma vida sedentária lá se arrastou estoicamente até ao final. Hoje recordam os terríveis dias seguintes. A “ressaca” foi de “caixão à cova”. A cama era o melhor sítio do mundo, não por quaisquer motivos inconfessáveis de luxúria, mas porque as pernas se recusavam a obedecer ao cérebro. As articulações doridas, os músculos gelatinosos, as passadas vacilantes como se umas litradas de tintol alentejano potenciadas por uns valentes copázios de medronho de Sta Margarida-Alte, terra onde nasceram, foram a companhia dos dias seguintes. Foram quatro ou cinco dias a andar de pernas abertas como se algum brutal inchaço os impedisse de as fechar e caminhar como qualquer ser humano direito e escorreito.
Já estou a imaginar o raciocínio de quem me lê neste momento: “O casal Martins perante tal flagelação nunca mais colocou os seus martirizados pezinhos nas marchas não fosse a dose ser repetida”.
Pois estais “vocemessês” todos enganados. No Domingo seguinte (aqui fica bem voltarmos à frase “antes quebrar que torcer”) lá estavam novamente, disfarçando as mazelas ainda não totalmente debeladas, marchando garbosamente, vencendo facilmente os agora só 9 km da marcha desse Domingo, esta sim marcada com todos “os matadores”.
O casal Martins continua a brindar-nos com a sua presença. São dos mais antigos marchantes.
A Lúcia e o Ludgero constituem o casal Martins. Permitem-me o privilégio de lhes chamar amigos. As marchas deram-me esta riqueza de conhecer, entre outras, duas pessoas extraordinárias, generosos, de uma simpatia transbordante. Fazem parte daquele grupo que prolonga o prazer da marcha ao longo de todo o Domingo, almoçando, visitando locais de interesse, convivendo, acumulando energias que lhes permitem enfrentar a semana mais revigorados, mas sempre sonhando com o Domingo seguinte onde, novamente, o reencontro é obrigatório.

O DILÚVIO NO ALGOZ


De acordo com a tradição bíblica, Deus zangado com a maldade dos homens mandou abrir as portas do céu e afogar toda a humanidade, poupando somente o único homem bom que vivia à face da terra... Noé.
Ontem, no Algoz, cheguei à conclusão que o narrado na Bíblia não passa de uma profecía, que o dilúvio nunca aconteceu. O dilúvio verdadeiro aconteceu ontem, durante toda a manhã, no nosso Algarve.
A Junta de Freguesia do Algoz tinha tudo a postos. Percurso marcado, pessoal preparado no apoio aos marchantes, aparelhagem sonora e até uma farta mesa pejada de filhós, salame de chocolate, bolos e chá.

Mas a Junta de Freguesia cometeu uma falha imperdoável: esqueceu-se de telefonar ao Noé, e pedir-lhe ajuda para a construção de uma Arca que transportasse as centenas de marchantes pelas terras alagadas da freguesia.

A Rosinda (marchante assídua e colaboradora na organização) estava desolada. Depois do trabalho de montagem da marcha, feito com tanto esmero, a ira dos céus não lhe permitiu ver o fruto desse trabalho.

Cara Rosinda, não se amofine. Não marchámos, mas devorámos os acepipes e bebemos o vosso delicioso chá quente. Não ginasticámos as pernas, mas demos bom trabalho aos maxilares. E para o ano aí estaremos. Ah, aconselho-a a começar já a construção da Arca não vá a maldade da humanidade se agravar e Deus, já sem paciência para nos aturar, resolva, finalmente, concretizar as suas ameaças.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

AUTÓDROMO-A BOA NOTÍCIA


Fórmula Desporto no Autódromo do Algarve

O sucesso do evento Fórmula Desporto, que se realizou no Autódromo Internacional do Algarve (AIA) a poucos dias do final do ano de 2009, foi tal que o AIA decidiu voltar a repetir a experiência, agendada para 31 de Outubro.

As centenas de pessoas que, mesmo com condições atmosféricas adversas, se deslocaram ao AIA para a prática desportiva elogiaram o evento, que teve o apoio do Governo Civil de Faro e do Instituto de Desporto de Portugal.

“Gostámos muito da iniciativa pois permitiu conhecer o Autódromo e praticar desporto ao mesmo tempo. Esperemos que este evento se repita de forma sistemática”, disseram alguns dos participantes.

Assim sendo, e fazendo a vontade aos muito algarvios que ali se deslocaram, a Fórmula Desporto vai regressar em Outubro.

Para além da abertura da pista para a prática desportiva sem motor, vão decorrer em simultâneo aulas de ‘body combact’ ou ‘body pump’.

A iniciativa já se encontra no calendário regional do Instituto de Desporto de Portugal/Marchas.

A entrada é gratuita e convida todas as pessoas a participar, dos 0 aos 100 anos.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

MARCHANDO E RINDO

O João:
- Na marcha da semana passada fui perseguido por um cão. Nunca corri tanto na vida. Eu corria e ele escorregava... Eu corria ainda mais e ele escorregava.

O colega do João:
- Se fosse eu "borrava-me" todo...

- E.......porque é que achas que o cão escorregava?

domingo, 3 de janeiro de 2010

MARCHA DE BENAFIM





Vinte e seis corredores e trezentos marchadores foram os herois que, quais irredutíveis gauleses, enfrentaram os elementos que durante todo o percurso os incomodou, mas não os venceu. Foi pena que, devido às condições do tempo, não pudessemos conhecer melhor a pequena localidade serrana de 1.200 habitantes bem como a simplicidade e a simpatia das suas gentes. Poderiamos ter visitado a Quinta do Freixo, seu polo principal de desenvolvimento turistico e de produção de produtos biológicos com uma unidade de alojamento e percursos pedestre de inigualável beleza.
Falta acrescentar que, indiferente à chuva, esteve presente acompanhando os marchantes durante todo o percurso, o Director do Algarve do IDP, o prof. Joaquim Duarte. A forma discreta, simples e quase incógnita com que se apresentou, leva-nos a concluir que o IDP, com a actual direcção, não deixará morrer as nossas marchas e pelo contrário tudo fará para a sua melhoria.