quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

MARCHANDO E RINDO

O marchante Manuel sofria de um mal singular. Sempre que tomava um cafezinho, antes de uma marcha, sentia uma forte pontada no olho.
Um dia, um amigo dele disse:

- Ó, Manuel, porque não tiras a colherzinha antes de tomar o café?

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

MARCHA DE BENAFIM



4.ª Marcha / Corrida de Benafim

Dia 3 de Janeiro de 2010


Nível 1: Marcha Passeio de 5 Km.
Nível 2: Marcha Passeio de 10 Km.
Nível 3: Corrida de 8 Km.
Nível 4: Corrida de 16 Km.

Informações: 289 472 402 ou http://sportclubenafim.blogspot.com

Não é necessário inscrição para a Marcha, somente para a Corrida

Organização:
Sport Club Benafim & Associação de Doentes de Parkinson e Alzheimer

Colaboração:
Instituto do Desporto de Portugal, IP, Junta de Freguesia de Benafim, Câmara Municipal de Loulé, Associação de Atletismo do Algarve e Loulé Concelho.

domingo, 27 de dezembro de 2009

OPINIÃO DO RUI COSTA


Foi com muito prazer que esta manhã tive oportunidade de andar pela pista do Autódromo de Portimão. Desde a sua inauguração que aguardava esta oportunidade.

Pena foi que a afluência de público tenha ficado muito abaixo das mais pessimistas estimativas. De facto não estariam no autódromo mais de 200/250 pessoas. A data, dia seguinte ao Natal, a instabilidade climatérica, com previsão de chuva e a não disponibilização de autocarros das autarquias contribuíram em muito para este relativo fracasso.

Mas continuo a pensar que a ideia é muito boa e, no futuro, poderá ser aproveitada com sucesso. Com maior divulgação, talvez mais próximo do verão e com uma organização de peso (estou-me a referir concretamente à organização da Mamamaratona, por exemplo) o cenário será com certeza completamente diferente e a probabilidade de sucesso muito maior.

De qualquer forma, foi com muito agrado que partilhei com alguns dos meus habituais colegas de marchas a manhã de hoje. Nota especial para a esposa de um amigo que me disse que a melhor prenda deste Natal foi a possibilidade de ter descontraidamente dado duas voltas à pista do autódromo.

Que o ano de 2010 nos traga pelo menos as mesmas forças de 2009 para ultrapassarmos positivamente todos os obstáculos que nos esperam.

Um abraço e até 2010!
Rui Costa
(Recebido por email)
Nota: o Rui deu duas voltas à pista a pé e depois (foto acima) ainda agarrou na sua bicicleta e continuou a usufruir das condições e da beleza extraordinária do Autódromo.

sábado, 26 de dezembro de 2009

NO AUTÓDROMO








Alguns fórmula 1 de duas pernas, aproveitaram a oportunidade única de substituir os automóveis na pista do Autódromo de Portimão. Foi uma feliz iniciativa da direcção do Autódromo e do IDP (sempre presentes, com as nossas Susana e Andreia). A pé, de bicicleta, de patins tudo serviu para percorrer os 4.692 m da belíssima pista, já considerada uma das melhores da Europa. Os únicos motores que se ouviram foram os dos automóveis no parque de estacionamento a chegarem e a partirem. Paralelamente decorreram aulas de ginástica e rastreio de saúde por técnicos que se deslocaram ao local com essa finalidade.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

BOAS FESTAS



Aos leitores deste blog, e em especial a todos os marchantes, os votos de BOAS FESTAS, muita saúde e força para continuarem todos os Domingos a calcorrearem os caminhos do nosso Algarve.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

CANTINHO DO MARCHANTE

Orlando e Jesuíno

Com uma fatiota vermelha vestida "à maneira", o Orlando era tal e qual o Pai Natal, não acham?

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

MARCHANDO E RINDO

Durante a marcha de Olhão, quatro pais conversam sobre os seus filhos:
Eu tenho cinco garotos, uma equipa completa de basquetebol - gaba-se o primeiro.
Pois eu tenho seis, dá para formar uma equipa de voleibol - rebate o segundo.
Grande coisa: com os onze que eu tenho lá em casa, formo uma equipa completa de futebol - exagera o terceiro.
Em seguida um deles volta-se para o quarto homem, que continua calado:
E você, quantos filhos tem?
Filhos, nenhuns. Mas mulheres, tenho dezoito, um campo de golfe oficial.

AS CRÓNICAS DO JORNAL "O ALGARVE"


UM EXEMPLO DE CORAGEM

Por vezes encaramos os nossos pequenos problemas, as nossas dores, as nossas mazelas, como se o mundo girasse à nossa volta. Exigimos compreensão e solidariedade projectando nos outros as nossas dificuldades, como se deles fossem.
Há pessoas, contudo, que pela sua coragem, resistência à adversidade e amor à vida devem servir-nos de exemplo, ajudando-nos a reduzir à sua verdadeira dimensão, as pequenas preocupações do nosso dia a dia.
Vem este arrazoado pseudo-moralista, que peço me desculpem, a propósito de uma doença que assusta todos mas que alguns enfrentam com coragem e determinação: o cancro.
Dirão vocês agora: “Que raio, vem este tipo, no âmbito de uma página dedicada à alegria que emana das marchas, falar-nos de coisas que, apesar de reais, nos entristecem”. Não me levem a mal mas, por favor, leiam até ao fim e perceberão o porquê deste tema.
Sabemos de casos de cancro de pessoas famosas, que chegaram ao nosso conhecimento através dos meios de comunicação social, como exemplos de força psicológica e coragem no combate à doença que os atingiu. Um dos mais conhecidos é o do extraordinário ciclista Lance Armstrong que, no início de uma promissora carreira no ciclismo, descobriu que tinha um cancro num testículo, um tumor num pulmão e outro no cérebro. Lance, ao ver o mundo a desabar-lhe em cima, não se deixa abater e numa entrevista diz: “Enganaste-te na pessoa ao escolheres um corpo para viver, cometeste um erro porque escolheste o meu”, demonstrando que, na batalha contra aquele inimigo, não havia lugar a tréguas. E Lance venceu a batalha. Depois da cura venceu por 7 vezes a volta à França, transformando-se no maior ciclista de todos os tempos.
No nosso país todos sabemos a luta que, actualmente, trava o actor António Feio que resolveu tornar pública a sua luta contra um cancro no pâncreas. Com firmeza e uma extraordinária serenidade, resolveu enfrentá-lo na esperança de o vencer. Em entrevista televisiva recente, revelou-nos uma calma, um apego à vida, uma determinação que comove e nos leva a dar-lhe todo o nosso apoio moral e a desejar-lhe que vença, para que continuemos a maravilhar-nos com a sua presença na TV e nos palcos deste país.
Mas exemplos de grande coragem e força psicológica, que não chegam aos jornais por se tratar de gente anónima, há por aí muitos. No nosso pelotão de marchantes há, pelo menos, um caso que merece ser divulgado. Revelando uma superioridade moral, que me esmagou, o Pacheco autorizou-me a revelar o seu caso pessoal que equiparo ao do ciclista Lance Armstrong. Um ligeiro sinal nas costas, a que não ligou de início, evoluiu para um melanoma que lhe transformou a vida. Tudo ruiu à sua volta. Abdica da sua, até aquela altura, brilhante carreira profissional e dedica-se a um combate cujas probabilidades de sair vencedor eram diminutas. Não sei qual a frase que o Pacheco disse no início da batalha, mas pelo que hoje conheço dele, quase aposto que seria algo semelhante ao que Lance Armstrong utilizou: ”Escolheste mal o corpo onde te alojaste, agora vais arrepender-te”.
Não vou contar, em pormenor, a dolorosa odisseia, de anos, que o Pacheco enfrentou. Mas dir-vos-ei que foram 5 operações ao melanoma inicial e a metástases que apareceram posteriormente. A 5ª operação foi adiada, pelas mais variadas razões, por 8 vezes. O Pacheco, cansado de esperar, interroga o médico sobre as razões de tais adiamentos. “É um local de difícil acesso, percentagem de sucesso diminuta, receio que corra mal, etc, etc” – diz-lhe o médico. E o Pacheco responde-lhe, encorajando-o: “Não tenha problema doutor, tudo vai correr bem”. O Pacheco cita-me este diálogo com simplicidade, com naturalidade, como se estivesse a pedir uma bica ao balcão de um café. Foi como se me tivesse atingido com um murro no estômago. Ele nem notou a comoção que me provocou. Aquela simples frase continha tudo, uma forma optimista de encarar a adversidade, o apego à vida, a força de um extraordinário carácter, a vontade de viver e uma calma que superava a do próprio médico. Aquela frase era um hino à vida, uma lição de coragem e um exemplo para todos nós.
Passados 18 anos desde a primeira operação, evidenciando uma saúde de ferro, marchante assíduo, enaltecendo sempre os benefícios que a prática da marcha lhe trouxe no combate à doença que o atingiu, o Pacheco, modestamente, como se o mérito não fosse dele, costuma dizer: “Lá em cima alguém estabeleceu uma moratória à minha vida”.

domingo, 20 de dezembro de 2009

MARCHA DE OLHÃO EM 20-12-2009








Cinco graus de temperatura não afastaram os cerca de 800 marchantes da belíssima cidade de Olhão. Organizada superiormente pelo Helder Oliveira, a marcha percorreu a cidade e arredores. Foram 9 Km de bom piso e belas vistas. A marcha mais pequena teve 3,5Km.
Não esqueçam que no próximo sábado, dia 26, às 9H30, têm a oportunidade única de percorrerem a pé o Autódromo Internacional do Algarve em Portimão.



sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

DO BRASIL AO ALGARVE



RAQUEL

Sessenta e oito anos de enorme simpatia,de alegria contagiante, de energia. Esta é a melhor descrição que define a Raquel, uma brasileira à descoberta do nosso Algarve, onde nunca tinha estado. A Raquel durante sete dias invadiu as nossas vidas, preencheu os nossos minutos e, ao voltar ao seu país, deixou-nos um vazio que só uma nova visita irá preencher.
Durante esse curtíssimo espaço de tempo tentámos mostrar-lhe um pouco do nosso Algarve. Visitámos alguns pontos de interesse turístico de Sagres a Vila Real de Sto António, e reservámos um dia para lhe dar a conhecer a actividade que nos preenche os Domingos: as marchas.
Foi a 8 de Novembro, em Martilongo, que descobriu a nossa saudável actividade (na foto a Raquel de blusa cinzenta tendo na mão o pão com chouriço oferecido pela Câmara Municipal de Alcoutim, com o jornal "O Algarve" distribuido nessa marcha e acompanhada da sua sobrinha).
Depois de visitar o litoral, a Raquel conheceu a realidade do barrocal algarvio, viu a beleza selvagem da serra, apreciou a simpatia das gentes, assistiu à alegria dos marchantes, marchou com eles.
Talvez não tivesse sido a primeira brasileira a conhecer as nossas marchas, mas foi seguramente a mais simpática, a mais entusiasta, a que mais exultou com a experiência.
Volta Raquel, ainda temos muito Algarve para te mostrar, temos muitas marchas a que te levar e muita amizade e carinho para te dar.

AS CRÓNICAS DO JORNAL "O ALGARVE"


GALERIA DOS NOTÁVEIS FIGURÕES

O CONTADOR



O Dias é uma pessoa compenetrada, educada, de boas falas, um pouco tímido até (como diria a velhinha Madalena Iglésias). É também um marchante da velha guarda sempre presente, Domingo a Domingo.
Num passado ainda não muito longínquo ele imitava na perfeição um atleta de alta competição. Marchava, corria, esfalfava-se, mas tinha de chegar à frente de todos. Partia na cauda da coluna só pelo prazer de ultrapassar toda a gente. E insatisfeito com a “humilhação” que nos infligia Domingo a Domingo, ainda tinha o topete e a força física para, ao chegar à meta, retroceder e estabelecer uma ordem de chegada numerando os marchantes à medida que se cruzava com eles.
A voz do Dias era inconfundível: você é o décimo primeiro, você é o número vinte e cinco, você é o quadragésimo, e assim sucessivamente até se aborrecer e voltar novamente no sentido correcto repisando terreno, já por ele calcorreado, irradiando uma frescura que faria inveja a qualquer imitação de Carlos Lopes.
Era conhecido (ele nunca o soube) pelo “contador”. Esta alcunha não tinha qualquer intenção pejorativa, era, sobretudo, uma forma carinhosa (para quem não lhe sabia o nome) de o identificar. Talvez que alguns ressabiados e invejosos (muito poucos) da sua forma física achassem que assim o diminuíam, mas ele era superior a tudo isso e os bem intencionados sempre o trataram como merecia: com respeito e amizade.
O Dias fazia parte do espectáculo e contribuía para a popularidade das marchas. Uma arreliadora hérnia discal impede-o hoje das mesmas performances atléticas, mas continua ainda a brindar-nos com a sua presença, não tão espectacular, mas igualmente amiga e simpática.
Bem haja companheiro Dias e que se mantenha por aqui por muitos mais anos e que eu cá ande, também, para o poder sempre cumprimentar.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

É BOM RECORDAR



Lançamento do Programa Nacional de Marcha e Corrida

No passado dia 13 de Setembro, foi lançado no Algarve (Vila de Bensafrim - concelho de Lagos), o Programa Nacional de Marcha e Corrida, sob a presidência do Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias que esteve acompanhado pelo Presidente do Instituto do Desporto de Portugal, I.P., Luís Bettencourt Sardinha, pelo Presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Fernando Mota e por Paulo Colaço, da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, responsável pela vertente científica de monitorização do programa.

Na cerimónia sob o olhar de várias centenas de pessoas oriundas dos concelhos da região algarvia, estiveram também presentes o Director Regional do IDP, I.P., Joaquim Duarte, o Governador Civil de Faro, Carlos Silva Gomes, o Presidente da Câmara Municipal de Lagos, Júlio José Monteiro Barroso e o atleta olímpico medalhado Carlos Lopes.

O Programa Nacional de Marcha e Corrida, pretende promover hábitos de vida saudáveis através da prática da marcha e corrida, resultando de uma parceria entre o Instituto do Desporto de Portugal, I.P., a Federação Portuguesa de Atletismo, a Faculdade de Desporto da Universidade do Porto e dos Municípios aderentes.

Simultaneamente, foi também lançado o sítio web do Programa, visando assegurar um serviço de informação dirigido a todos os cidadãos que queiram respostas a questões relacionadas com a prática de exercício físico, designadamente no que concerne à marcha e corrida em particular.

(extraído do site do IDP).

AS CRÓNICAS DO JORNAL "O ALGARVE"

GALERIA DOS NOTÁVEIS “FIGURÕES”

O TREPADOR
No ciclismo um trepador sobe ao alto da montanha como se de uma recta se tratasse. À sua frente só vê a meta e quando olha para trás vê os restantes colegas espalhados pela íngreme encosta, resfolegando, tentando não perder contacto com o colega da frente. Joaquim Gomes era um ciclista de extraordinárias capacidades de trepador. Magro, baixote, levava o seu pouco peso pelas encostas acima como se passeasse pelo calçadão de Quarteira. Na serra da Estrela, na senhora da Graça era um super homem. E foi graças a estas qualidades de trepador, que venceu duas voltas a Portugal.
Se tamanho fosse qualidade, o elefante era dono do circo, dizem os nossos irmãos brasileiros. E o pequeno Joaquim Gomes era, na serra, o dono daquele circo.
Este pequeno intróito tem como finalidade apresentar o nosso marchante trepador.
Pequeno, leve, com as características morfológicas de Joaquim Gomes, ele funciona na inversa dos outros marchantes. Acelera nas subidas e abranda nas descidas.
Se invertermos os algarismos da sua idade real (62 anos) obtemos a sua real idade física (26 anos). Cada ano que passa o nosso trepador fica mais novo, mais forte, mais resistente (ou serei eu que fico mais fraco?). Seguindo a mesma lógica de raciocínio, quando atingir os 72 anos de idade terá 27 de idade física. Enquanto os seres normais envelhecem um ano por cada ano que passa, o nosso trepador envelhece um ano por cada dez que passam.
Quando “voa” pelas subidas é melhor deixá-lo ir, porque será difícil acompanhá-lo.
E o “malandro” ainda tem o desplante de parar lá no alto e esperar pelos “pobres diabos”, como eu, que, ofegantes, de língua de fora, se esfalfaram em sua perseguição. Claro que o faz, não para nos diminuir, mas porque é um bom companheiro e gosta do trabalho de equipa.
É um homem simples, sem peneiras, simpatiquíssimo, marchante da velha guarda. Um exemplo de persistência e uma figura sempre presente no autocarro de S.Brás de Alportel.
Bem haja caro amigo David. Espero continuar a fazer equipa consigo nas descidas e nas rectas, claro, já que nas subidas vou continuar a vê-lo por um binóculo.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

AS CRÓNICAS DO JORNAL "O ALGARVE"




UMA LINDA E VERDADEIRA HISTÓRIA DE AMOR CONTADA PELA PRÓPRIA

OU COMO A” MACHADINHA” ENCONTROU A FELICIDADE NA MARCHA DOS MACHADOS NOS BRAÇOS DE UMA MARCHANTE.


O meu nome, MACHADINHA, foi-me dado pela minha dona, a Cidália (foto ao lado), que tem muita imaginação e um dia disse-me que esse nome estava relacionado com o sítio onde ela me encontrou – o sítio dos Machados no concelho de S. Brás de Alportel.
Mas já me estou a adiantar aos factos e a começar pelo fim. Não liguem, coisas de cão…..
Recomecemos então. Já foi há muitas luas cheias, nem sei já quantas (nós os cães contamos os dias pelas luas e até lhe uivamos. Os humanos às vezes também andam na lua, diz a minha dona, mas eu nunca vi lá nenhum) , ainda era uma inexperiente cachorra de pouca sabedoria (muito diferente da cadela esperta que hoje sou), encontrava-me meio perdida num local ermo que soube mais tarde chamar-se Machados e, eis senão quando, vejo ao longe um grupo de “marmanjos” que marchavam furiosos como se fossem “tirar alguém da forca” (esta aprendi com a minha dona, mas não sei bem o que significa). Eu costumo andar assim quando ando à procura de algum osso que utilizo para treinar os maxilares e afiar a dentuça. Como pensei que eles também andavam à procura de algum osso, colei-me a eles. Podia ser que sobrassem alguns restos para mim. Pareceu-me gente boa, foram simpáticos comigo e eu não tive qualquer medo. E assim lá chegámos a um campo onde uns “galfarros” corriam e chutavam uma coisa redonda que não tinha feito mal a ninguém. Às vezes não percebo os homens. Correm, saltam sem que desse esforço resulte a descoberta de algo que se coma. Mas a minha dona também diz que não os entende por vezes e nisso estamos de acordo e é por isso que eu gosto muito dela. Eu gosto é de correr atrás de coisas interessantes, como automóveis, bicicletas e de ladrar, até ficar rouca, aos rapazes da minha rua.
Lá estou eu outra vez a divagar (aprendi esta palavra com os marchantes que gritam uns para os outros: vai devagar, mais devagar). Retomemos a narrativa. Os homens, soube mais tarde, estavam a jogar futebol. Não havia por ali, qualquer osso ou resto de comida que me pusesse a alma no seu devido lugar e me descolasse as paredes do estômago. Tinha sido, miseravelmente, enganada. E por ali fui ficando, triste, macambúzia e o que é pior, faminta. Mas uma simpática senhora começou a fazer-me umas festas (gosto mais de festas de homens porque eu sou muito “gaja”, percebem? - mas foi o que se pode arranjar), engraçou comigo e eu com ela. Soube, mais tarde, que os humanos chamavam a este sentimento de “amor à primeira vista”. A senhora convidou-me para ir com ela para a sua casa de Albufeira e eu como nunca recuso convites destes, aceitei ladrando e esfregando-me nela, o que em linguagem de cão significa sim. Além da senhora ser simpática também ajudou muito ela ser de Albufeira. É que me disseram que em Albufeira era um sítio onde havia muitos ossos e muitos bifes. É que eu, também gosto muito, além de roer um bom osso, de comer um belo bife (seja lá o que isso é).
E assim lá entrei numa coisa grande de 4 rodas (era tão grande que até eu tive medo de lá entrar) e lá fui até à casa da tal senhora que fiquei a saber chamar-se Cidália.
Ainda hoje sou feliz nessa casa apesar de descobrir que bifes não eram o que pensava. Os bifes que por ali há em grande quantidade não são para os dentes cá da “je” (os cães educados também sabem falar francês). Também sei inglês – sei dizer “camone”, “gudmorningue”, e “chite”. Aqui em Albufeira quem não spikar línguas é tratado abaixo de cão.
A minha dona ainda, de vez em quando, me leva a essa coisa que ela chama de marchas. E vou voltar aos Machados no próximo Domingo, para matar saudades, mas não pensar sequer em ficar lá. Eu gosto é de Albufeira, uma terra muito turística. Até já lá arrastei a asa a um cãozinho inglês, todo penteado, com um laçarote na cabeça, cheio de peneiras. Ladrei-lhe com ar de conquistadora, mas o parvo não percebeu nada. A minha dona diz para eu não ligar, que os ingleses não conseguem aprender a falar português e que eu, um dia, hei-de encontrar um bom cão português, trabalhador, com bons dentes, boa língua e um bom faro para me ajudar a descobrir aquilo que gosto mais: um bom osso.
Mas o que eu gosto mesmo é de ver aqueles marchantes ao Domingo, todos contentes a divertirem-se e a cuidarem da sua saúde. É que foram eles que fizeram de mim aquilo que eu sou hoje – UMA CADELA FELIZ.
Moral da história: até os cães gostam das marchas
.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

AS CRÓNICAS DO JORNAL "O ALGARVE"


UM OLHAR DIFERENTE

Sabe-se que andar a pé é importante para a nossa saúde. Marchar é bom para o sistema muscular e cardiovascular, previne a diabetes, a hipertensão, a osteoporose e melhora a capacidade respiratória.
Tudo isto é sabido porque nos é transmitido, frequentemente, pelas entidades que organizam semanalmente as nossas marchas, e os conselhos que o IDP presta em folhetos que distribui profusamente.
Mas há outro aspecto menos referido, mas não menos importante, e que complementa os benefícios físicos que as marchas comportam: A INTERAÇÃO ENTRE PESSOAS QUE NÃO SE CONHECIAM E, POR VIA DESTES ENCONTROS SEMANAIS , SE TORNARAM AMIGOS.
As marchas potenciam a criação de relações de sã amizade. O interesse comum a todos (andar a pé) serve de “argamassa” onde se constroem sólidas amizades que se prolongam através dos tempos.
O encontro semanal com o David, o Jesuíno, o Orlando, o Damásio,o Rui, o Dias, o Pacheco, o Helder, o Tinoco, e muitos outros com quem falamos e de que não conhecemos sequer o nome nem a profissão, é um encontro desejado durante toda a semana. Quase que se pode dizer que a semana existe como forma de chegar ao Domingo.
Os almoços complementares às marchas com o Ludgero, a Lúcia, a Leonor, o Carlos, o Guilherme, a Isaltina, a Julieta, o Luis , a Manuela, o Matos, a Aninhas, a Dulce, o Loureiro, com a sempre obrigatória visita aos locais de interesse de cada localidade e a escolha de um restaurante da zona e a criteriosa selecção dos “comes” tradicionais, são sempre um clímax que se prolonga, por vezes, até ao jantar.
Há casos de jovens que se conheceram nas marchas e hoje são casados, como o Filipe e a Ana que aí se conheceram e hoje são um casal feliz.
Todos os nomes que menciono são pessoas reais, são marchantes, são amigos. São extraordinários seres humanos que só conhecemos porque um dia, já lá vão muitos anos, resolvemos iniciar esta saudável actividade.
Nas marchas há companheirismo, há ajuda, há solidariedade. Não há classes sociais, não há doutores, engenheiros, sapateiros, pastores. Há única e exclusivamente MARCHANTES.
Fala-se de tudo, contam-se anedotas, ri-se, canta-se. As tristezas ficam em casa. Limpa-se a mente. Trabalham-se os músculos. E esta atitude repetida, semana após semana, é um bálsamo para o corpo e alimento para o espírito.
Jorge Lopes

JORNAL "O ALGARVE"


O IDP teve a feliz ideia, entre outras, de negociar uma página no semanário "O Algarve", a publicitar o "Programa Nacional de Marcha e Corrida". O Algarve sai às Quinta-feiras e aos Sábados juntamente com o Expresso, e é distribuido, gratuitamente, no Domingo seguinte, aos marchantes. Nessa página pode ler-se a análise da marcha do Domingo anterior e a antevisão da marcha do Domingo seguinte. Também, por vezes, podem surgir algumas crónicas despretenciosas sobre factos acontecidos nas marchas ou pequenas historietas protagonizadas por alguns marchantes mais carismáticos.

Vamos colocar a primeira crónica no post seguinte.



segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

MARCHA DE 27 DE DEZEMBRO



Segundo informação transmitida na marcha de Portimão, pela representante do IDP, a nossa simpática Susana, a marcha do dia 27 na Tôr, foi anulada.
Para não passarem uma semana sem o convívio das marchas, venham todos no Sábado até ao Autódromo de Portimão.

CAMINHADA NO AUTÓDROMO



O Autódromo Internacional do Algarve promove uma caminhada, nas suas instalações, no dia 26 de Dezembro (Sábado) às 10 horas. Será uma oportunidade única para conhecer em pormenor todo o circuito daquele autódromo sem que se oiça qualquer barulho de motores.

O lema é "faça do seu coração o seu motor" e visa a promoção da actividade física.

Esta promoção tem o apoio da Direcção Regional do Algarve do IDP, Instituto do Desporto de Portugal.

Comparece.

MARCHA DE PORTIMÃO

Setecentos e cinquenta marchantes estiveram ontem em Portimão, a gozar uma manhã de sol, antes do frio que se instalou na noite de Domingo para Segunda.
Foi mais uma jornada de sã convivência, de alegria, acompanhada de exercício físico.
Percurso ao longo do rio, com partida do Pavilhão Arade. Os marchantes preencheram as retinas com a beleza da margam do rio Arade e sairam de Portimão com vontade de voltar.

domingo, 13 de dezembro de 2009

MARCHAS NO NOSSO ALGARVE


Pretende-se com este blogue a publicitação, com a frequência possivel, de uma actividade que decorre no nosso Algarve, com o extraordinário patrocínio do IDP: as MARCHAS dominicais.

Pretendemos, se a coragem não nos faltar, publicar informação, fotografias, comentários, crónicas sobre tudo o que diga respeito às nossas marchas.

Assim, contamos com a participação de todos os marchantes, que poderão enviar qualquer informação para o email do blogue.