quarta-feira, 31 de março de 2010

MARCHANDO E RINDO


Num pedido de divórcio, o juiz pergunta à requerente:
- A senhora tem a certeza do que está a pedir? A senhora quer o divórcio por COMPATIBILIDADE DE FEITIOS?
-Não será o contrário?
A mulher responde:
- Não Sr. Dr. Juiz! É mesmo por COMPATIBILIDADE.
Eu gosto de cinema, o meu marido também!
Eu gosto de ir à praia, ele também!
Eu gosto de ir ao teatro, ele também!
Eu gosto de ir às marchas, ele também!
Eu gosto de homens e ele também!

terça-feira, 30 de março de 2010

MARCHANTE DA SEMANA


Vem de Albufeira, é a Maria Helena e diz que é, e se ela o diz é porque é verdade, a mãe do nosso amigo João.

domingo, 28 de março de 2010

MARCHA DE CASTRO MARIM




Oitocentos marchantes passaram pelo sapal de Castro Marim. Tempo excelente, com sol, que nos permitiu  espraiar o olhar pelas belezas do Sapal.
Sabiam que:
"A Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António está situada junto à Foz do Rio Guadiana e é uma das mais importantes zonas húmidas do país: é formada por sapais salgados, corpos de água salobra, salinas e esteiros e abriga um elevado número de espécies faunísticas e florísticas.
Constitui um habitat fundamental para milhares de aves aquáticas que encontram aqui boas condições de nidificação e invernada, justificando em pleno o seu estatuto de zona húmida de importância internacional que lhe é conferido pela Convenção de Ramsar.
O Sapal de Castro Marim destaca-se, ainda, como local de abrigo e reprodução para numerosas espécies de peixes, moluscos e crustáceos, funcionando como um viveiro natural. Para além da zona húmida que abrange cerca de 66% dos 2089 ha de superfície da área protegida, esta integra ainda zonas secas de uso agrícola e zonas de cota mais elevada que correspondem já às encostas da serra algarvia, com espécies animais e vegetais próprias.
É pois na variedade de biótopos existentes que reside a riqueza desta área protegida, tão atraente quanto sensível a qualquer intervenção humana mal conduzida"
"In, Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, texto de Ana Xavier, ed. Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, Junho de 1998".

Conforme prometido a seguir, não uma, mas duas receitas, típicas do concelho de Castro Marim.

PAPAS DE MILHO
Autora: Glória Vicente.
Ingredientes: 2 l de água, 1 colher de banha, 14 colheres de sopa de farinha de milho e sal q.b.
Preparação: juntam-se todos os ingredientes num tacho de arame e levam-se ao lume. Vai-se mexendo sempre com uma colher de pau até formar a papa. Leva mais ou menos 30 minutos.
Dados complementares: Antigamente comiam-se com figos secos e com água–mel. Receita recolhida por Paula Pinto Gomes.

ESCALDADINHOS DE ODELEITE
Autora: Glória Vicente
Ingredientes: 1 tigela de farinha, 1/2 tigela de água, ervas doces, 1 cálice de aguardente, 4 colheres de sopa de açúcar, 1 colher de chá de canela, 3 ou 4 ovos e óleo para fritar
Preparação: Mistura-se a farinha, o sal, as ervas doces e a aguardente, depois põe-se a água a ferver mistura-se tudo e no final deita-se os ovos e envolve-se muito bem. Por fim coloca-se às colheres dentro de óleo quente e deixa-se fritar. Depois de tirar da frigideira passa-se por açúcar e canela.

sexta-feira, 26 de março de 2010

MARCHANDO E RINDO


Um casal, durante a marcha de Vaqueiros, discutia e o homem irritado diz:

"Não sei como consegues ser tão bonita e tão estúpida ao mesmo tempo".
Ao que a mulher respondeu:
"Permite-me que explique. Deus fez-me bonita para que te sentisses atraído por mim; e Deus fez-me estúpida para que me sentisse atraída por ti".

quinta-feira, 25 de março de 2010

PRÓXIMO DOMINGO - CASTRO MARIM

Castro Marim espera por nós no próximo Domingo.
Façamos como é habitual uma breve resenha histórica do concelho.
Em 1242 D. Paio Peres Correia conquista Castro Marim aos mouros e a vila cresce especialmente dentro das muralhas do seu castelo, sob a orientação da Ordem Religiosa de Cristo.
A situação privilegiada, graças à vizinhança do rio e do mar, tornam Castro Marim um importante porto piscatório e comercial.
Durante o Sec. XVII na sequência das guerras da restauração de 1640 o castelo é remodelado por D. João IV e uma nova fortificação surgiu, o Forte de S. Sebastião. O terramoto de 1755 quase arrasou a vila e, a partir dessa data, o crescimento habitacional faz-se fora das muralhas do castelo.
A proximidade a Vila Real de Santo António tem impedido o seu desenvolvimento, visto que a localidade vizinha lhe retirou o protagonismo que lhe advinha da sua situação junto ao rio.
O concelho tem 4 freguesias, Castro Marim, Altura, Azinhal e Odeleite, com uma população de aproximadamente 6.500 habitantes.
Locais de interesse a visitar: Castelo e Forte de S. Sebastião, Igreja de Nossa Senhora dos Mártires e Ermida de S. Sebastião.
Aproveite a passagem e coma num restaurante da zona o bom peixe fresco e como sobremesa os doces de figo ou as queijadas de amêndoa. Uma bica para rematar, acompanhada por um cálice de medronho da zona.
No Domingo prometo colocar aqui uma receita típica da região.

quarta-feira, 24 de março de 2010

ALGARVE EM FORMA

Algarve em Forma – Feira de Desporto, Saúde e Bem-Estar


25 a 28 de Março
Exmos Sr.s
No sentido de promover o contacto da população algarvia com as mais recentes novidades dos diversos sectores ligados à actividade desportiva, saúde e bem-estar, terá lugar de 25 a 28 de Março, a 2ª edição da Feira Algarve em Forma – Feira de Desporto, Saúde e Bem-Estar, na ExpoFaro, sob a responsabilidade da EfeitoEventos.
O evento conta com diversos expositores e actividades, e decorrerá no seguinte horário:
Dia 25, 5ª feira – das 15h00 às 23h00
Dia 26, 6ª feira – 15h00 às 23h00
Dia 27, Sábado – das 15h00 às 24h00
Dia 28, Domingo – das 15h00 às 21h00
No domingo decorrem ainda 2 actividades paralelas ao evento, pelas 10h00, o 1º Passeio BTT Familiar e a 1ª Marcha Algarve em Forma.
O Instituto do Desporto de Portugal, IP estará presente, esperando contar com a vossa participação!
Com os melhores cumprimentos,
Susana Rodrigues
IDP

EM PLENA ACTIVIDADE

Peitos para fora, barrigas para dentro, marchar, marchar.....na Conceição, no Domingo passado.

terça-feira, 23 de março de 2010

MARCHANTES DA SEMANA

Na semana passada tivemos, nesta rubrica, os mais velhos. Hoje, provàvelmente, temos o mais novo. É o Tomás acompanhado do pai Carlos.

segunda-feira, 22 de março de 2010

AS CRÓNICAS DO JORNAL "O ALGARVE"

OS MALEFÍCIOS DO TABACO


A propósito da comemoração do 150º aniversário do nascimento do grande escritor, contista e dramaturgo Anton Tchékov, veio-me à memória um dos seus escritos mais saborosos denominado “Os malefícios do tabaco”, e a analogia que imediatamente fiz com um dos nossos habituais marchantes, a que vou chamar António (não quero que se “chateie” comigo por lhe mencionar o verdadeiro nome).
Tchékov, no escrito a que me refiro acima, coloca-se no lugar de um conferencista, fumador inveterado, a quem é incumbida a missão de dissertar sobre o tema do tabaco e os seus malefícios. No início da palestra ele avisa logo que tal tema foi “a mulher que o escolheu e que ele não tem outro remédio senão obedecer-lhe”.
Hoje ainda é assim, elas mandam, nós refilamos, mas o resultado final é sempre o mesmo, fazer-lhes a vontade. O sexo fraco somos nós, homens, ao contrário daquilo que gostamos de alardear, exibindo os músculos e a força física, que se esvaem logo que as damas, com as suas falinhas mansas e o seu ar frágil, nos falam ao músculo mais fraco que possuímos, o coração.
Esqueçamos o desabafo e voltemos ao nosso conferencista. Durante a palestra fala de tudo o que lhe vem à cabeça menos do tema proposto e só na parte final, e quando a mulher já está a assistir ele, medroso, remata a conferência com estas palavras: “O tabaco encerra o terrível veneno de que vos acabo de falar, não se deve fumar em caso nenhum e permito-me ter a esperança de que a minha conferência sobre os malefícios do tabaco possa, de certo modo, haver trazido a Vossas Excelências qualquer utilidade”.
O nosso marchante António, de que vos falei atrás, é também um fumador inveterado e nunca foi encarregado de fazer qualquer conferência sobre os problemas inerentes ao consumo de tabaco. Ele fez mais do que isso, ele prometeu deixar de fumar para tentar eliminar a tosse e o catarro que se notava quando marchava ao nosso lado. Prometeu e cumpriu.
E esta crónica teria um final feliz, qual telenovela da TV, se terminasse aqui. Mas não termina. Contemos, portanto, o enredo dos capítulos seguintes.
Eu, não fumador militante (nasci em 1947 e não fumo há 62 anos - é só fazer as contas, como diria o Guterres) satisfeito por ver conquistado para a minha causa mais um adepto, interrogava sempre o António sobre as melhorias do seu estado físico. Ele, eufórico, dizia notar mais facilidade em marchar, melhor capacidade respiratória, que já não tossia e que se sentia globalmente mais saudável. E, marcha a marcha, as performances do António cresciam a “olhos vistos”. E deixei de o interrogar, por pensar que a cura tinha sido definitiva, e que não haveria lugar a recaída.
Mas, na marcha de Santa Luzia, na sequência dos diálogos que se estabelecem ao longo dos quilómetros, descubro que o António voltou a fumar. Ver um amigo soçobrar nos braços da infiel, insatisfeita e dominadora nicotina foi um choque para mim.
E pensei com os meus botões (ou com a minha camisola, que não tem botões): será que o António, tal qual o conferencista do Tchékov, que foi obrigado pela mulher a falar sobre o tabaco, também foi obrigado a deixar de fumar pela sua mulher, sentindo-se diminuído na sua masculinidade por lhe obedecer? E agora sentia a necessidade de a contrariar para se afirmar como ser mais forte, mais independente e de personalidade dominadora?
Elas são muito poderosas, caro António, mas não invencíveis, só que desta vez (uma vez sem exemplo), e a ser verdade o que a imaginação me diz, eu acho que deverias obedecer. A tua masculinidade não passa pela exibição da chucha, mas pela sua rejeição. Ficamos a torcer por ti.
Nota: Anton Tchékov morre, vítima de tuberculose, em 1904 com 44 anos de idade. O tabaco ajudou.

domingo, 21 de março de 2010

MARCHA DA CONCEIÇÃO














Mais uma belíssima marcha, com um percurso muito bonito e com uma participação elevada de marchantes. Foi pena que os 700 marchantes tivessem de retroceder pelo itinerário da ida, tendo ficado privados de apreciarem outras paisagens.
A Associação de Desenvolvimento local e Solidariedade Social da Conceição de Tavira está de parabéns pelo esforço despendido. Apesar de não serem profissionais neste tipo de organizações, portaram-se muito bem. Segundo informações colhidas no local foram as senhoras da organização que fabricaram os bolos com que abriram o nosso apetite para o almoço (e que bem que eles sabiam). Esta Associação tem como finalidade o auxílio às famílias mais necessitadas e, como o nome indica, ao desenvolvimento da sua terra. Completa os 6 anos de existência no próximo dia 25 de Março, organiza a 25 de Abril o Festival da Fava, no dia de Sto António o Arraial de Sto António, a 10 de Junho a festa dos Combatentes e um passeio de motas e já organizou em Janeiro a Festa dos Reis Magos. Em regime de total voluntariado merecem ser apoiadas. Conhecemos no local a Presidente Eulália Conceição e a Secretária da Assembleia Cristina Quinta (na foto ao lado). Obrigado por nos terem recebido com tanta simpatia.

sexta-feira, 19 de março de 2010

CONCEIÇÃO DE TAVIRA

Só para recordar que é já depois de amanhã que temos de estar todos na Conceição de Tavira.
 Deixo-vos uma imagem da Igreja da Nossa Senhora da Conceição, que poderão visitar no Domingo.

quinta-feira, 18 de março de 2010

MARCHANDO E RINDO

O Manuel foi, na segunda-feira, a uma loja de sapatilhas para usar nas marchas. Escolheu, escolheu e acabou decidindo-se por um par de sapatilhas da Nike.
O vendedor entregou as sapatilhas, mas foi logo advertindo:
- Sr., estas sapatilhas costumam apertar os pés nos primeiros cinco dias.
E o Manuel:
- Não tem problema. Eu só vou usá-los na marcha do próximo domingo.

quarta-feira, 17 de março de 2010

CONCEIÇÃO DE TAVIRA ESPERA POR NÓS




É já no próximo Domingo que Conceição de Tavira vai sofrer a invasão dos marchantes.
Trata-se de uma freguesia do concelho de Tavira cuja existência já é bastante antiga, 1518. Tem este nome porque a sua padroeira é Nossa Senhora da Conceição.
Tem 61 km2 e 1.500 habitantes.
Visite a Igreja de N.S.da Conceição, do Sec XVI e repare no gótico manuelino do pórtico da fachada.
Vá até Cabanas e deleite-se com a sempre bela paisagem da Ria Formosa.
Prove a açorda de galinha, os enchidos, as filhós e o vinho caseiro.
Compre os artigos de artesanato à base de cana, verga e empreita.

terça-feira, 16 de março de 2010

MARCHANTES DA SEMANA

Serão os mais velhos do pelotão? São o Manuel Belchior de 83 anos e o João Sousa de 82.
Uma dupla de respeito que substituiria com vantagem os meio-campistas de muitas equipas de futebol.
Reparem no porte atlético de ambos. O Belchior direito que nem um fuso a preparar-se para cabecear uma bola centrada por um colega e o Sousa inclinado para a direita em posição de finta a um adversário.
São de Faro estes dois simpáticos caramelos. Força companheiros, quero vê-los por aqui nos próximos 20 anos.

segunda-feira, 15 de março de 2010

CARTAZ REFERENTE AO POST ANTERIOR

Este é o cartaz respeitante à marcha organizada pela Algarve em Forma – Feira de Desporto, Saúde e Bem-estar, na Cidade de Faro, no dia 28 de Março, cuja receita reverte para a Casa dos Rapazes de Faro e que tem o apoio do IDP, Direcção Regional do Algarve. (Ver post abaixo). Para ver em tamanho maior, prima em cima da imagem.

O INSTITUTO DO DESPORTO DE PORTUGAL,I.P. INFORMA

É uma iniciativa meritória que convém divulgar. Realiza-se paralelamente ao nosso calendário regional de marcha corrida mas dado o seu interesse humanitário compareçam, se puderem. Transcrevo comunicação da Delegação do Algarve do IDP:
De 25 a 28 de Março do presente ano realizar-se-á a Algarve em Forma – Feira de Desporto, Saúde e Bem-estar, na Cidade de Faro, na Expo Faro, sob a organização da Efeito Eventos.
No campo de acção desta feira terão lugar dois eventos: o 1º Passeio BTT Familiar e a 1ª Marcha Algarve em Forma, no dia 28 de Março, a partir da ExpoFaro.
No âmbito da concretização da missão social da feira, ambos os eventos prevêem uma inscrição através de um valor simbólico, sendo todo o valor arrecadado com esta iniciativa paralela ao evento Algarve em Forma, entregue à Instituição Particular de Solidariedade Social da Cidade de Faro, o Instituto D. Francisco Gomes, conhecido também como “Casa dos Rapazes”.
Com os melhores cumprimentos,
O Director Regional
Joaquim Paulino Duarte

domingo, 14 de março de 2010

MARCHA DE VAQUEIROS

O sol contribuiu para um dia de excelente marcha. Foram setecentos os marchantes que percorreram os caminhos da serra de Alcoutim, e esgotaram os produtos da serra, expostos na feira do pão e do queijo fresco. Alegria a rodos, sol radioso, malta feliz. Reparem na última foto do pessoal de S. Brás de Alportel, com uma garrafão de leite e umas taças de flocos de cereais na mão.O facto do leite ser escuro tem a ver com o chocolate dissolvido. Só com estes cuidados alimentares se mantém a elegância evidenciada, especialmente, pelo David, o Orlando e o Jesuíno. As restantes barriguinhas são resultantes do excesso de yogurts consumidos (ihihih) Enfim, foi mais uma jornada fantástica na companhia de gente fabulosa.
Encontrámos na feira as tradicionais filhoses de canudo e, como neste blog vale quase tudo, andámos a investigar e conseguimos a receita que talvez seja útil aos nossos marchantes.
Ora lá vai:
Filhós de Canudo
Autora: Maria Almerinda
Ingredientes:
1 kg de farinha, 200 g de banha de porco, chá de ervas doces, 1 cálice de aguardente, sumo de 1 laranja, 2 ovos, açúcar e mel.
Preparação:
Juntam-se todos os ingredientes e amassa-se tudo muito bem até a massa ficar lisa para se poder estender. Deixa-se fintar a massa um pouco.
Depois de pronta estende-se com um rolo e corta-se com uma carretilha para fazer os recortes.
Fritam-se em óleo abundante e passam-se por uma calda de açúcar, mel e água.
Dados complementares: Tradicionalmente faziam-se na época do Natal. Hoje fazem-se todo o Ano.

sexta-feira, 12 de março de 2010

MARCHANDO E RINDO

Como no Domingo vamos até ao concelho de Alcoutim, fica bem uma piada passada nesse concelho.
Um casal marchava já há uma hora num caminho da serra, há vários quilómetros, na marcha de Martinlongo, sem dizerem uma palavra. Uma discussão anterior levou-os a um impasse e nenhum deles queria dar o braço a torcer.
Quando passaram por um grupo de mulas, cabras e porcos, o marido perguntou sarcasticamente:
"-Parentes teus?"
"-Sim", disse a mulher.
"-São os meus sogros e os meus cunhados !" rematou ela.

quinta-feira, 11 de março de 2010

LENDA DOS VAQUEIROS

O nosso Algarve é fertil em lendas e , neste blog, já fizemos eco de algumas. Esta é muito singela e faz um apelo à coragem dos homens. Transcrevo-a na esperança de que algum marchante combata o mouro, liberte a prisioneira e fique rico sem esperar pelo, pouco provável, prémio do euromilhões.

“ Numa fonte, há uma figueira sob a qual tem aparecido uma bela moura, chamada Princesa, admiravelmente vestida, que pede às pessoas, às quais aparece, que a desencantem a troco de muitos tesouros guardados por um mouro gigantesco, cuja habitação está escondida numa cova designada por ‘Cova da Moura’.
Para ser desencantada, é mister que o sujeito trave luta com o mouro gigantesco e o vença. Mas é aqui que está a dificuldade. Ninguém se atreve a lutar com o mouro pelo receio de ser vencido ou morto.”
(Lenda de origem árabe extraída de recolha bibliográfica)

quarta-feira, 10 de março de 2010

TODOS A VAQUEIROS

O próximo Domingo vai ser um dia de visita obrigatória a Vaqueiros não só porque é aí que decorre a nossa marcha, mas também porque teremos a oportunidade de adquirir produtos da região na tradicional feira do "pão quente e queijo fresco". Pode encontrar também na feira, a boa chouriça caseira, as filhós tradicionais da região, os bolos regionais, o vinho caseiro, a aguardente de medronho e figo, os folares, as pupias e as costas.
Podemos também visitar a Igreja matriz do Sec. XVI, olhar para a sua torre e reparar no sino maior, que pesa 140kg. No interior veja o retábulo do altar mor com as duas pinturas, sobre tábua, representando Santa Ana e São José.
Por tudo isto e também pela simpatia daquelas gentes, que sempre recebem os marchantes com enorme simpatia e carinho, é obrigatório comparecermos em massa em VAQUEIROS.
Ao lado, cartaz com o programa da feira, onde pode ver o anúncio da nossa marcha.
(Carregue em cima do cartaz para ver melhor)

terça-feira, 9 de março de 2010

MARCHANTES DA SEMANA

Na Carrapateira a Rosinda de Algoz com uma amiga (digam-me quem é na caixa de comentários), enfrentando, corajosamente, a chuva.

segunda-feira, 8 de março de 2010

AS CRÓNICAS DO JORNAL "O ALGARVE"

O CASAL LOUREIRO OU A LENDA DAS AMENDOEIRAS EM FLOR

Antes de Portugal existir já o Al-Gharb (actual Algarve) era ocupado pelos árabes e em Chelb (hoje Silves) reinava um belo mancebo de seu nome Ibn-Almundim, instalado no belo castelo de pedra vermelha, ainda hoje existente e com uma estonteante vista para o campo e para o rio Arade.
O príncipe, nas suas incursões guerreiras, em defesa dos seus domínios, apresou, um dia, um navio proveniente do norte da Europa, que desconhecedor da sorte que o esperava, acostou a uma das belas praias do Al-Gharb.
Esse navio transportava a bela princesa Gilda, de brancas carnes e loiros cabelos, por quem o árabe, tomando-se de amores, acabou por desposar.
Mas Gilda, saudosa das paisagens brancas da neve do seu país, definhava dia a dia. Contrariando as palavras do poeta Augusto Gil, “uma infinita tristeza, uma funda turbação, entra em mim, fica em mim presa, cai neve na natureza e cai no meu coração”, a bela Gilda sentia-se morrer aos poucos, para enorme sofrimento do seu amado Ibn-Almundim, que tudo fazia para a consolar. Como último recurso e suprema inspiração, manda plantar milhares de amendoeiras ao redor do castelo. Na Primavera seguinte, milhões de flores cobriam os campos de Chelb e a princesa, do alto das ameias do castelo pode reviver as alvas paisagens do seu país, sentindo que a ele regressava. Um radioso brilho tornou a inundar os belíssimos olhos azuis de Gilda. A alegria de viver voltou e o príncipe feliz, agradecia a Alá a ideia maravilhosa que lhe tinha dado.
Sempre relacionei esta encantadora lenda com as nossas marchas, não só pela beleza das paisagens do nosso Algarve, por alturas da floração das amendoeiras, mas também porque, salvo as devidas distâncias e comparações, me faz lembrar um casal de marchantes, que muito aprecio, e que possuem um apartamento no Algarve onde costumam passar férias.
Os Loureiro, a Dulce e o César, residem no concelho de Cantanhede, numa aldeia denominada Arazede, lá para as bandas de Coimbra. Um dia alguém lhes ofereceu um calendário das nossas marchas e resolveram experimentar. Foi amor à primeira vista quais Ibn-Almundim e Gilda.
Agora a Dulce quando se debruça nas janelas de sua casa e vislumbra os campos de Arazede, o seu olhar torna-se mortiço de saudade e ao César só lhe resta encher o depósito do seu automóvel, carregar as malas e …….ala que se faz tarde……Algarve, aí vamos nós. O seu olhar, qual Gilda perante as amendoeiras em flor, brilha de satisfação e alegria pela iminência da chegada. A partida é sempre ao Sábado, para que não se perca a marcha de Domingo e o regresso a um Domingo de tarde, para não se perder a marcha da manhã.
Estas viagens, para as terras algarvias, tornaram-se cada vez mais frequentes e estou certo que não são as amendoeiras em flor que trazem os Loureiro até nós. Acredito que o clima, os amigos, o prazer de marchar em grupo alegre e entusiasta, é o motivo de tantas viagens para cima e para baixo.
Além do prazer que temos na vossa presença, fica sempre bem nas listagens dos marchantes o nome de gente de tão longínqua terra.
Será que podíamos viver sem as marchas? Diz a Dulce. Podiamos, mas não seria a mesma coisa, diz o César.

Obs: Por coincidência, a Dulce e o Cesar chegaram no sábado passado a tempo da marcha da Carrapateira e vão regressar a 21 depois da marcha da Conceição de Tavira. Cumpre-se, assim, a tradição e mais uma vez se prova a força magnética do movimento marchante.

domingo, 7 de março de 2010

MARCHA DE ALJEZUR


Na Carrapateira, a chuva, essa marafada, veio, mais uma vez, impedir que os cerca de 700 marchantes apreciassem devidamente a fantástica paisagem da costa vicentina. No entanto a coragem e a boa disposição do pessoal, enfrentando os elementos e vencendo-os, veio demonstrar, mais uma vez, que podemos mais que qualquer miserável chuva. É que, como se dizia na tropa, chuva civil não molha militares, neste caso marchantes.
Aljezur é uma terra de origens remotas que foi habitada desde tempos pré-históricos. Fundada pelos árabes, no Sec X, ainda se nota a sua presença no castelo e na sua cisterna.
D.Paio Peres Correa, no reinado de D.Afonso III toma definitivamente a vila (ver a lenda descrita no post abaixo) e D. Dinis concedeu-lhe o foral em 1280. Possui um património natural invejável. As suas paisagens são de cortar a respiração. As matas de pinheiros, eucaliptos, sobreiros, medronheiros, estevas, urzes e rosmaninhos, deixam qualquer visitante estarrecido com tanta beleza selvagem.
Actualmente tem 4 freguesias, Odeceixe, Rogil, Bordeira e Aljezur, uma área de 323 km2 e uma população de 5.300 habitantes.

sexta-feira, 5 de março de 2010

ANTECIPAÇÃO À MARCHA DE ALJEZUR

Lenda: A tomada do Castelo de Aljezur

D. Paio Peres Correa, conhecedor da situação privilegiada da velha fortaleza e da vigilância apertada que os moiros exerciam, mandou batedores no intuito da estudar as características do local e os hábitos das gentes, com vista à elaboração do seu plano de ataque.
Conseguiram “aliciar” uma moira de nome Maria Aires, de raro encanto, que lhes contou, como era costume e habito muito antigo e ainda observado, na madrugada do dia 24 de Junho os habitantes da região irem tomar banho à Praia da Amoreira. Tanto bastou para que D. Paio arquitectasse o seu plano de ataque, tirando proveito daquela tradição moirisca. Assim, na noite de 23 para 24 de Junho, as nossas tropas esconderam-se num vale próximo do castelo que hoje è conhecido pelo Vale de D. Sancho, em honra daquele nosso valoroso Monarca (D. Sancho II) e aguardaram que, com o amanhecer, os moiros iniciassem o seu ritual. As horas passavam lentas naquela longa espera que os nossos aproveitaram para se cobrirem com arbustos, e assim poderem, mais facilmente, desenvolver a aproximação final. Com o despontar da aurora começou o longo desfilar dos confiantes moiros, quem sabe se pelo mesmo caminho que ainda hoje lá existe pelo lado esquerdo do Rio, bordejando o vale, imenso e fértil, formado pelos aluviões da Ribeira de Aljezur.
Assim que tal lhes pareceu propício e ainda a coberto da semi-obscuridade, aquele punhado de valentes portugueses iniciaram a aproximação do castelo, àquela hora já deserto.
Eis senão, quando uma rapariguita, neta de uma velha que havia ficado, afinal, vigilante no castelo, apercebendo-se dos movimentos das nossas tropas, correu para a avô, alertando-a, na sua ingénua infantilidade, que as moitas estavam a andar, pois, como referido, os portugueses tinham tido a preocupação de se camuflarem com arbustos.
A anciã, sem descortinar no logro em que incorria, tentou dissuadir a neta, dizendo-lhe que tal facto se devia, por certo, à aragem que soprava.
De repente, porém, e em catadupas, irromperam os nossos, pelo portão da fortaleza, dominaram a velha que esboçou a pretensão de dar o alarme fazendo accionar um sino que estaria colocado na torre da cisterna, tomaram posições, apreenderam as armas e então, eles próprios, deram o alarme. Os moiros, céleres e atónitos, regressaram à povoação, sendo completamente aniquilados à medida a que iam entrando no recinto amuralhado. Aljezur era Portuguesa. À bela Maria Aires, como recompensa dos serviços prestados e parece que também pelos seus encantos que teriam favoravelmente impressionado a D. Paio, foi-lhe poupada a vida e para que não fosse molestada, construíram-lhe uma casa num local próximo de Aljezur a que ainda hoje, se chama, em sua memória, Mareares

F.E. Rodrigues Ferreira

Obs: Texto cedido pela Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Aljezur.

MARCHANDO E RINDO


Depois de uma marcha, ainda suado, o Manuel vai tomar banho: Depois de se molhar grita para a mulher:
- Ó Maria, traz-me o champô!
- Oh homem, então o champô está aí na casa de banho! - diz a mulher.
- Ah, mulher aqui diz que é para cabelos secos e eu já molhei a cabeça, raios!

quinta-feira, 4 de março de 2010

HINO DA "MALTA" DE ALBUFEIRA






Albufeira terra linda,
Situada à beira-mar.
És a cidade mais bela
Deste nosso Portugal…


os domingos p'la manhã,
Estamos todos reunidos.
A marchar por Albufeira,
Somos sempre muito unidos…

Correremos todo o Algarve,
Num convívio social.
Trazemos muita alegria,
A todo este pessoal…

Viva a nossa linda terra,
Por ela temos paixão.
Pra todos um bom domingo,
Do fundo do coração…

Autora: Deolinda (Albufeira)

Publicado no Jornal "O Algarve"

DOMINGO NA CARRAPATEIRA, ALJEZUR

Veja aqui como chegar. Talvez o melhor caminho seja ir até Vila do Bispo e depois virar para norte.
Visite a praia da Carrapateira (oficialmente é a praia da Bordeira). Almoce por lá. Há pelo menos dois bons restaurantes na simpática aldeia.
Ao lado foto da praia.



quarta-feira, 3 de março de 2010

MARCHANTES DA SEMANA

Vêm de Loulé e são dois atletas de alto gabarito, além de dois "gajinhos" porreiros. São o Rui e o Damásio.