Há pessoas que justificam plenamente o significado de determinados ditos populares. A “vox populi” do “antes quebrar que torcer” aplica-se perfeitamente ao casal Martins.
Mas passemos aos factos.
O casal Martins resolveu iniciar-se nestas marchantes lides exactamente numa caminhada organizada em Estoi e cujo percurso foi objecto de uma malévola sabotagem. Alguém, irresponsàvelmente, resolveu retirar toda a sinalização indicativa do percurso, colocada prèviamente pelos organizadores. O resultado de tão estúpida atitude foi que um percurso de 9 km se transformou num de 16, 17 ou 18 Km, o que nos proporcionou uma visita, não guiada, por serras nunca dantes visitadas e uma passagem pela simpática aldeia de Pechão de onde, e a partir daí, e seguindo pela estrada, conseguimos atingir o local da partida.
O casal Martins, estreante nestas andanças, com os músculos habituados a uma vida sedentária lá se arrastou estoicamente até ao final. Hoje recordam os terríveis dias seguintes. A “ressaca” foi de “caixão à cova”. A cama era o melhor sítio do mundo, não por quaisquer motivos inconfessáveis de luxúria, mas porque as pernas se recusavam a obedecer ao cérebro. As articulações doridas, os músculos gelatinosos, as passadas vacilantes como se umas litradas de tintol alentejano potenciadas por uns valentes copázios de medronho de Sta Margarida-Alte, terra onde nasceram, foram a companhia dos dias seguintes. Foram quatro ou cinco dias a andar de pernas abertas como se algum brutal inchaço os impedisse de as fechar e caminhar como qualquer ser humano direito e escorreito.
Já estou a imaginar o raciocínio de quem me lê neste momento: “O casal Martins perante tal flagelação nunca mais colocou os seus martirizados pezinhos nas marchas não fosse a dose ser repetida”.
Pois estais “vocemessês” todos enganados. No Domingo seguinte (aqui fica bem voltarmos à frase “antes quebrar que torcer”) lá estavam novamente, disfarçando as mazelas ainda não totalmente debeladas, marchando garbosamente, vencendo facilmente os agora só 9 km da marcha desse Domingo, esta sim marcada com todos “os matadores”.
O casal Martins continua a brindar-nos com a sua presença. São dos mais antigos marchantes.
A Lúcia e o Ludgero constituem o casal Martins. Permitem-me o privilégio de lhes chamar amigos. As marchas deram-me esta riqueza de conhecer, entre outras, duas pessoas extraordinárias, generosos, de uma simpatia transbordante. Fazem parte daquele grupo que prolonga o prazer da marcha ao longo de todo o Domingo, almoçando, visitando locais de interesse, convivendo, acumulando energias que lhes permitem enfrentar a semana mais revigorados, mas sempre sonhando com o Domingo seguinte onde, novamente, o reencontro é obrigatório.
Mas passemos aos factos.
O casal Martins resolveu iniciar-se nestas marchantes lides exactamente numa caminhada organizada em Estoi e cujo percurso foi objecto de uma malévola sabotagem. Alguém, irresponsàvelmente, resolveu retirar toda a sinalização indicativa do percurso, colocada prèviamente pelos organizadores. O resultado de tão estúpida atitude foi que um percurso de 9 km se transformou num de 16, 17 ou 18 Km, o que nos proporcionou uma visita, não guiada, por serras nunca dantes visitadas e uma passagem pela simpática aldeia de Pechão de onde, e a partir daí, e seguindo pela estrada, conseguimos atingir o local da partida.
O casal Martins, estreante nestas andanças, com os músculos habituados a uma vida sedentária lá se arrastou estoicamente até ao final. Hoje recordam os terríveis dias seguintes. A “ressaca” foi de “caixão à cova”. A cama era o melhor sítio do mundo, não por quaisquer motivos inconfessáveis de luxúria, mas porque as pernas se recusavam a obedecer ao cérebro. As articulações doridas, os músculos gelatinosos, as passadas vacilantes como se umas litradas de tintol alentejano potenciadas por uns valentes copázios de medronho de Sta Margarida-Alte, terra onde nasceram, foram a companhia dos dias seguintes. Foram quatro ou cinco dias a andar de pernas abertas como se algum brutal inchaço os impedisse de as fechar e caminhar como qualquer ser humano direito e escorreito.
Já estou a imaginar o raciocínio de quem me lê neste momento: “O casal Martins perante tal flagelação nunca mais colocou os seus martirizados pezinhos nas marchas não fosse a dose ser repetida”.
Pois estais “vocemessês” todos enganados. No Domingo seguinte (aqui fica bem voltarmos à frase “antes quebrar que torcer”) lá estavam novamente, disfarçando as mazelas ainda não totalmente debeladas, marchando garbosamente, vencendo facilmente os agora só 9 km da marcha desse Domingo, esta sim marcada com todos “os matadores”.
O casal Martins continua a brindar-nos com a sua presença. São dos mais antigos marchantes.
A Lúcia e o Ludgero constituem o casal Martins. Permitem-me o privilégio de lhes chamar amigos. As marchas deram-me esta riqueza de conhecer, entre outras, duas pessoas extraordinárias, generosos, de uma simpatia transbordante. Fazem parte daquele grupo que prolonga o prazer da marcha ao longo de todo o Domingo, almoçando, visitando locais de interesse, convivendo, acumulando energias que lhes permitem enfrentar a semana mais revigorados, mas sempre sonhando com o Domingo seguinte onde, novamente, o reencontro é obrigatório.
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