quinta-feira, 1 de maio de 2014

DIA DO TRABALHADOR

Em 20 de Junho de 1889, em Paris, um senhor de nome Raymond Lavigne, membro da Internacional Socialista, decide propor que se convocassem, anualmente, no dia 1 de Maio, manifestações cujo objectivo seria a redução do horário de trabalho para 8 horas. A escolha desta data não era inocente, porque foi nesse dia e seguintes que nos Estados Unidos da América, greves gerais com os mesmos objectivos, deram origem a dezenas de mortos entre manifestantes e polícias.  Em 1 de Maio de 1891, numa manifestação no norte de França morrem 10 manifestantes em confronto com as forças policiais. Destas escaramuças periódicas resulta, finalmente, em 23 de Abril de 1919, que o senado francês autorize a jornada de 8 horas de trabalho diário e decrete o dia 1 de Maio como feriado nacional. Nos EUA esse dia nunca foi considerado como dia do trabalhador, mas em 1890 o congresso, finalmente, autoriza a jornada de 8 horas diárias de trabalho. No entanto, há nos EUA o denominado “Labor Day”, mas, só para chatear, não a 1 de Maio mas sim na primeira segunda feira de Setembro. Americanices!
Em Portugal só em 1 de Maio de 1974, 6 dias depois da queda da ditadura, é que se celebrou o primeiro dia do trabalhador. 
Neste dia, que hoje se celebra, é justo lembrar todos aqueles que sacrificaram as suas vidas lutando pela redução de horários de trabalho desumanos e pela dignificação do ser humano. “O mundo pula e avança” sempre graças a alguns que se prejudicam em benefício de milhões. 

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