O Luís Santos tem por hábito classificar estes eventos de fáceis, difíceis, muito difíceis e "ai mãezinha". Pela boca de uma marchante ouvi hoje uma nova classificação, o "ai, meu Deus". Porque seria que, ofegante, titubeando, tais palavras lhe sairam da boca? Cansaço? Arrependimento? Desejo que tudo terminasse? Não, foi certamente o sentir que esteve muito perto Dele. E não uma, nem duas, mas incontáveis vezes que subiram e desceram num carrossel interminável que, segundo alguns insuspeitos GPS, tinha 12 km na marcha pequena e talvez 16 na marcha grande. Tudo debaixo de uma deslumbrante lua cheia, que lá do alto, prenhe de gozo, se deliciava com o fácies lustroso daqueles que se esforçavam, resfolgavam, e amaldiçoavam a hora em que tinham abandonado o aconchego do seu lar, ou a festa da sua localidade. Mas julgam que no final alguém se queixava? Não, nicles, népia. Foram 187 os rostos sorridentes, satisfeitos, que espalharam pelas mesas da Casa do Povo aquilo que trouxeram de casa.
O Carlos Sousa o presidente da Junta esmerou-se, mostrou-nos o que tinha de melhor, os cerros, os vales, a ribeira. Mas também nos mostrou os bolos regionais, os licores da Cooperativa, a simpatia, o esforço em marcar um percurso de forma irrepreensível, o receber bem quem o visitou. Obrigado.
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