terça-feira, 15 de dezembro de 2009

AS CRÓNICAS DO JORNAL "O ALGARVE"


UM OLHAR DIFERENTE

Sabe-se que andar a pé é importante para a nossa saúde. Marchar é bom para o sistema muscular e cardiovascular, previne a diabetes, a hipertensão, a osteoporose e melhora a capacidade respiratória.
Tudo isto é sabido porque nos é transmitido, frequentemente, pelas entidades que organizam semanalmente as nossas marchas, e os conselhos que o IDP presta em folhetos que distribui profusamente.
Mas há outro aspecto menos referido, mas não menos importante, e que complementa os benefícios físicos que as marchas comportam: A INTERAÇÃO ENTRE PESSOAS QUE NÃO SE CONHECIAM E, POR VIA DESTES ENCONTROS SEMANAIS , SE TORNARAM AMIGOS.
As marchas potenciam a criação de relações de sã amizade. O interesse comum a todos (andar a pé) serve de “argamassa” onde se constroem sólidas amizades que se prolongam através dos tempos.
O encontro semanal com o David, o Jesuíno, o Orlando, o Damásio,o Rui, o Dias, o Pacheco, o Helder, o Tinoco, e muitos outros com quem falamos e de que não conhecemos sequer o nome nem a profissão, é um encontro desejado durante toda a semana. Quase que se pode dizer que a semana existe como forma de chegar ao Domingo.
Os almoços complementares às marchas com o Ludgero, a Lúcia, a Leonor, o Carlos, o Guilherme, a Isaltina, a Julieta, o Luis , a Manuela, o Matos, a Aninhas, a Dulce, o Loureiro, com a sempre obrigatória visita aos locais de interesse de cada localidade e a escolha de um restaurante da zona e a criteriosa selecção dos “comes” tradicionais, são sempre um clímax que se prolonga, por vezes, até ao jantar.
Há casos de jovens que se conheceram nas marchas e hoje são casados, como o Filipe e a Ana que aí se conheceram e hoje são um casal feliz.
Todos os nomes que menciono são pessoas reais, são marchantes, são amigos. São extraordinários seres humanos que só conhecemos porque um dia, já lá vão muitos anos, resolvemos iniciar esta saudável actividade.
Nas marchas há companheirismo, há ajuda, há solidariedade. Não há classes sociais, não há doutores, engenheiros, sapateiros, pastores. Há única e exclusivamente MARCHANTES.
Fala-se de tudo, contam-se anedotas, ri-se, canta-se. As tristezas ficam em casa. Limpa-se a mente. Trabalham-se os músculos. E esta atitude repetida, semana após semana, é um bálsamo para o corpo e alimento para o espírito.
Jorge Lopes

1 comentário:

  1. Faz-me lembrar a nossa tertúlia... Cada vez estamos mais novos amigo Jorge! Aquele abraço!

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