Na Idade Média os cristãos celebravam um período de festejos, que antecediam a Quaresma, em que não se podia comer carne (“carne levare” ou seja “afastar a carne”). Nos dias antes desse período dizia-se “carne vale” sendo essa a frase, que, segundo alguns historiadores, deu origem ao actual carnaval. Há outras interpretações sobre a origem do carnaval. Há quem diga que a sua origem remonta aos bacanais da antiga Roma. Outros acham que o carnaval está relacionado com os festejos de celebração à deusa Ísis e ao deus Osíris do antigo Egipto. Há outros que situam o início do carnaval na criação e adopção do calendário cristão.
O que se sabe é que o carnaval português foi sempre diferente dos outros países europeus, sendo as suas características principais a porcaria e a violência. Os combates de ovos, farinha, águas mal cheirosas, as agressões com laranjas, bolos, feijão e milho eram uma característica do nosso carnaval. Atirava-se para a rua tudo o que nos estorvava em casa: panelas, loiça, trapos. Uma selvajaria felizmente já erradicada. Hoje os hábitos são mais requintados. Adoptaram-se os bailes de máscaras, as fantasias e os carros alegóricos. Já podemos ir até Loulé, Moncarapacho, Quarteira, Alte, Monte Gordo, Faro, e outros locais do nosso Algarve, com um fatinho “pinoca” sem corrermos o risco de voltar com ele para casa e deitá-lo directamente no lixo.
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