Na ausência da marcha do próximo Domingo, devido à festa cristã da Páscoa, talvez seja interessante fazer aqui um pouco de história. Comecemos pelo OVO.
O ovo (da galinha) foi sempre considerado como símbolo da Páscoa, porque apesar de, aparentemente morto, contém no seu interior uma vida que a qualquer momento pode surgir, sendo este o verdadeiro sentido da Páscoa, a morte seguida da ressurreição e da vida.
O ovo de chocolate só apareceu por volta do ano de 1828, altura em que surgiu a indústria do chocolate que promoveu o seu consumo como forma de aumento das vendas. Como curiosidade diga-se que o maior ovo de chocolate jamais feito, tinha 7,10 metros e pesava 4 toneladas e 760 quilos e foi confeccionado em Vitória, na Austrália.
Contudo só a partir do Sec. XVIII é que a Igreja adoptou o ovo como símbolo da ressurreição e hoje é um hábito adquirido presentear os amigos com ovos, não os das galinhas, mas sim os de chocolate.
Mas, claro que a origem da Páscoa não tem nada a ver com ovos. A sua verdadeira origem (tal como é descrito na Bíblia, no livro do Êxodo) e segundo a versão judaica, remonta ao êxodo do povo de Israel das terras egípcias onde eram escravizados. O faraó não permitia a sua saída e, como castigo, dez pragas caíram sobre o Egipto, sendo a última a morte de todos os filhos primogénitos, ou sejam, os mais velhos de cada família. Para que a morte não atingisse os filhos dos hebreus, em cada casa deveria ser sacrificado um cordeiro (que simboliza Cristo sacrificado em favor do seu rebanho) e o seu sangue salpicado nos umbrais e portas das suas casas. Com estes sinais o mensageiro de Deus pouparia os seus filhos, só matando os filhos dos egípcios. Todos os filhos mais velhos dos egípcios e o do próprio faraó, morreram e só depois dessa praga consumada, e com receio de que todos os egípcios fossem mortos, foi permitido aos hebreus a sua saída.
A partir desse acontecimento toda a família hebreia começou a celebrar a Páscoa, que significa, em hebraico, “passagem”, lembrando assim a libertação da escravidão, mas também a libertação do pecado, a passagem para a vida, pois o sangue do cordeiro apontava para o sacrifício de Cristo, o cordeiro que tira o pecado do mundo, palavras muito utilizadas nas missas actuais.
Para os católicos a Páscoa celebra a ressurreição de Cristo (que morreu durante a Páscoa, ou Passach, dos judeus) que, depois de crucificado, ressuscitou sendo o seu corpo e o seu espírito reunificados. É o dia mais importante de toda a religião católica.
A Igreja católica só adoptou a Páscoa como festa religiosa no ano de 325, no Concílio de Niceia, inspirando-se na tradição judaica. Também foi neste Concílio que foi decidido que a cruz seria o símbolo máximo dos cristãos.
PARA TODOS OS MARCHANTES DESEJAMOS UMA BOA PÁSCOA.
APROVEITEM PARA ANDAR A PÉ, NEM QUE SEJA À VOLTA DA VOSSA CASA.
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